Balanço divulgado pela FenaCap mostra que no primeiro bimestre de 2021 receita atingiu R$ 3,8 bilhões
De acordo com o balanço divulgado pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), o setor de Títulos de Capitalização, produtos que conjugam soluções de negócios com sorteios, voltou a crescer após 10 meses de retração, período que teve o desempenho afetado pela pandemia de covid-19. No primeiro bimestre de 2021, a receita atingiu R$ 3,8 bilhões, valor 2,3% superior em relação a igual período do ano passado, quando ainda não haviam sido decretadas as medidas para conter o avanço da doença. Ainda de acordo com as informações da FenaCap, foram entregues R$ 228,7 milhões em prêmios a clientes que tiveram títulos de capitalização contemplados.
Os dados do primeiro bimestre do ano também apontam para queda de 5,4% nos resgates, totalizando R$ 3,1 bilhões, o que contribuiu para a elevação das provisões técnicas – compostas dos recursos de clientes com títulos de capitalização ativos – que apresentaram alta de 6,2%, chegando a R$ 32,5 bilhões. “A situação sanitária e econômica reforçou a importância da reserva financeira. Os títulos de capitalização ajudam pessoas e famílias a desenvolver o hábito de guardar dinheiro e oferecem a chance de participação em sorteios ao longo de toda a vigência dos contratos. Em momentos de incertezas, contar com uma reserva financeira traz bem-estar e tranquilidade e isso explica a redução no volume de resgates. Por outro lado, quem precisou lançar mão de recursos para fazer frente a algum tipo de emergência encontrou no título de capitalização um aliado”, observa Marcelo Farinha, presidente da FenaCap.
Filantropia permanece em alta
O Título de Capitalização da modalidade Filantropia Premiável, que permite ao consumidor doar integralmente a sua reserva para entidades beneficentes e concorrer a prêmios, teve um desempenho expressivo, com receita de R$ 450 milhões e crescimento de 45,2%, se comparado ao primeiro bimestre de 2020, no período pré-pandemia. Ao todo, esse avanço resultou no repasse de R$ 232,9 milhões a instituições filantrópicas. “Essa alta mostra que o consumidor vem buscando um canal seguro para realizar doações e desenvolver a filantropia no país. E o Filantropia Premiável vem consolidando seu propósito”, assinala Marcelo Farinha. O produto já responde por 12% da receita global do setor.
Os títulos de capitalização Instrumento de Garantia também se destacaram no período. São produtos que contribuem para reduzir a burocracia e facilitar a locação de imóveis, ao substituir o fiador nas transações de alugueis residenciais e comerciais, ou mesmo para garantir contratos de empréstimos ou de serviços. A receita da modalidade alcançou os R$ 538,4 milhões, o que corresponde a uma participação de 14% no faturamento global do setor.