AIDA promove seminário sobre Riscos Extremos

Sabemi

Desastres causados por intervenções humanas ou naturais ocorrem corriqueiramente no mundo. Algumas vezes, a tragédia pode envolver diversas carteiras no setor de seguro, causando assim, prejuízo às empresas de seguro. Atenta a essas ocorrências, a Associação Internacional de Direito de Seguros (AIDA) organizou nesta quarta-feira (22), um evento para discutir o tema que preocupa bastante as seguradoras.

Em painel interativo, Sergio Barroso de Melo, vice-presidente da AIDA mundial, usou exemplos como a queda da barragem de Mariana (MG), alagamento no Vale do Anhangabaú, operação Lava Jato e ataques cibernéticos para ilustrar esses riscos.

“Há poucos dias houve o ataque cibernético em uma empresa que não tinha nenhum tipo de apólice”, salientou Barroso, quando se referiu a uma empresa estrangeira que sofreu ataque de hackers.

Dependendo da proporção da tragédia, várias carteiras diferentes podem ser acionadas. O desastre ambiental em Mariana, por exemplo, resultou em indenização às vítimas, e os empresários envolvidos acionaram o seguro D&O.

André Tavares, presidente do GNT Seguros de Crédito e Garantia defendeu que a principal medida para diminuir esses impactos à seguradora é a informação. “A informação e as experiências de catástrofes anteriores são as principais ferramentas para combater tudo isso”.

Os problemas não são exclusivos do Brasil. Em alguns países os desastres são mais constantes do que por aqui. Furacões, terremotos e outros fenômenos naturais acontecem com frequência em outros territórios.

A diferença, segundo Carlos Velloso, diretor de sinistros da IRB Brasil RE, é que as companhias internacionais estão adaptadas para lidar com esses fenômenos. “As seguradoras de fora estão mais preparadas para receber a catástrofe, pois em outros lugares isso ocorre com mais frequência”, afirma.

As duas grandes preocupações das seguradoras nos últimos anos foram os acontecimentos mundiais que houve no Brasil: Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016). De acordo com Velloso, os dois eventos registraram fatos de poucas proporções e não deram ‘dor de cabeça’.