Para a FenaCap, o resultado ainda não permite comemoração em razão do impacto econômico que a pandemia provocou na renda dos brasileiros
No ano em que comemora 92 anos de atuação no Brasil, o setor de Capitalização demonstra a resiliência conquistada nestas mais de nove décadas com números positivos. De janeiro a julho, o mercado cresceu 7,4% sobre igual período de 2020, com receitas que totalizaram R$ 13,6 bilhões. Para a FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), o resultado ainda não permite comemoração em razão do impacto econômico que a pandemia da Covid-19 provocou na renda dos brasileiros, mas já é possível vislumbrar um cenário animador para 2021.
Para o presidente da FenaCap, Marcelo Farinha, o desempenho positivo conquistado em todas as regiões brasileiras é um importante parâmetro de avaliação do comportamento do mercado neste período de distanciamento provocado pela pandemia. “As empresas de Capitalização têm realizado grandes investimentos em plataformas digitais. Isso diminui a distância com o cliente. O resultado é uma maior agilidade nos processos, trazendo uma experiência positiva do consumidor com o produto. Permite ainda que o cliente faça um título de qualquer lugar pela internet e não apenas presencial como há dois anos. E ainda facilitou os pagamentos de prêmios”, complementa Farinha.
Por regiões, o Centro-Oeste apresentou maior crescimento (17%), seguindo do Sudeste (7,8%), Norte (5,12%), Nordeste (4,35%) e Sul (3,85%). As reservas técnicas, que medem a robustez financeira do setor, totalizaram R$ 32,8 bilhões, alta de 4,7%. Mesmo diante de tamanha crise, os resgates se mantiveram estáveis: R$ 11,2 bilhões, alta de 6,3% sobre igual período do ano passado.
Outro ponto importante verificado no período foi o aumento nos recursos pagos em sorteios, um relevante incremento e injeção de recursos à economia, cujo montante superou R$ 758 milhões, alta de 34% em relação ao registrado de janeiro a julho de 2020.
Os títulos tradicionais de Capitalização continuam liderando as vendas, com 71% da receita, seguidos pela modalidade de Instrumento de Garantia (13%) e de Filantropia Premiável (12%). As modalidades de Incentivo, Popular e Compra Programada somam os 4% restantes. Destaque novamente para a Filantropia Premiável, que apresentou alta de 88% em comparação a janeiro/julho do ano anterior.
Nos títulos de Filantropia Premiável, o consumidor cede o direito de resgate de sua reserva para uma instituição previamente credenciada pelas empresas de Capitalização, permanecendo com o direito de concorrer a prêmios. De janeiro a junho deste ano, esses produtos contribuíram com um apoio de mais de R$ 716 milhões às entidades que realizam ações voltadas ao trabalho social.