Pedidos de recuperação judicial crescem 12,8% em março

Pedidos de recuperação judicial crescem 12,8% em março

Alta foi impulsionada pelo setor de Serviços, que marcou 38 requisições

Sabemi

Em março foram registrados 88 pedidos de recuperação judicial no país. Um aumento de 12,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, que marcou 78 requisições. De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, o setor de Serviços foi o que mais demandou pelo recurso, com 38 requisições ante as 37 feitas em março de 2021. Dentre os segmentos, apenas o setor primário revelou baixa na variação anual, indo de 13 para 11 pedidos. Confira os dados completos na tabela abaixo: 


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, apesar da retomada gradual dos negócios, o cenário econômico do país continuou instável em março, dificultando a situação das empresas. “O encarecimento de diversos insumos devido a alta da inflação segue afetando diretamente o fluxo de caixa das empresas. Além disso, os empreendedores que optaram pela tomada de crédito para suprir os pagamentos de contas, por exemplo, precisam lidar com uma taxa Selic elevada e não conseguem viabilizar sua estabilidade financeira”. Rabi também explica que, “nessa situação, a recuperação judicial acaba sendo requerida pois permite que o negócio continue em atividade, reestruturando suas dívidas e tentando se reerguer gradativamente”.

Ainda na comparação ano a ano, a análise por porte mostrou que, apesar da queda, as micro e pequenas empresas seguem liderando as solicitações de recuperação judicial. Foram 59 pedidos em março deste ano frente aos 63 feitos no mesmo período de 2021. Os negócios de médio porte ficaram em segundo lugar, com 22 pedidos, enquanto os grandes marcaram apenas 7.

 

Pedidos de falências mostram retração

As solicitações de falência tiveram queda de 27,4% na relação entre março de 2022 e o mesmo mês do ano anterior. As micro e pequenas empresas seguem liderando o número de pedidos, no entanto, apresentaram queda no ano a ano, indo de 46 para 37. Em relação aos setores todos tiveram diminuição, exceto a indústria que cresceu de 22 pedidos para 24.