Análise do IESS aponta que aumento dos beneficiários nos planos coletivos empresariais acompanha a alta no número de trabalhadores formais
Nos últimos dois anos, o número de beneficiários inseridos em planos médico-hospitalares acumula registros consecutivos de alta no País e, em fevereiro deste ano, atingiu a marca de 49 milhões de vínculos. O maior crescimento em números absolutos, no entanto, entre fevereiro de 2021 e fevereiro deste ano, ocorreu no estado de São Paulo, que teve um acréscimo de 472 mil beneficiários (alta de 2,7%), aponta Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 68, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
São Paulo possui relevância e números expressivos em relação a outras regiões. Em fevereiro do ano passado, eram 17,2 milhões de vínculos e saltou para 17,7 milhões no mesmo mês de 2022, sendo que a capital paulista foi a que mais teve ganho em número de beneficiários (102 mil) e crescimento em todas as faixas etárias. A taxa de cobertura dos planos no estado é a maior do País (38%).
O estudo mostra que o tipo de contratação que mais cresceu no período foi o coletivo empresarial (4,9%), com acréscimo de 597 mil vínculos no estado — eram 12,2 milhões em fevereiro de 2021, e alcançou 12,8 milhões em fevereiro deste ano — representando a maioria do total de beneficiários (72,3%). A modalidade tende a acompanhar o número de trabalhadores formais com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que também teve registro de alta, em São Paulo, com saldo de 756 mil empregos formais no período de 12 meses.
Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, o estoque acumulado de empregos formais, que registrou crescimento em todos os setores, justifica o aumento em adesões em planos coletivos empresariais, especialmente no Estado de São Paulo. “Enquanto houver saldo positivo de empregos formais, a tendência será de crescimento em número de beneficiários nesse tipo de plano. Observamos também que apesar de registro de queda no saldo de empregos em faixas etárias mais avançadas, houve aumento no número beneficiários, o que demostra o grau de preocupação com a saúde, especialmente na idade avançada”, observou.