Publicação aborda o crescimento relativo dos volumes de seguros até fevereiro
A nova Conjuntura CNseg (nº 70), publicação da Confederação Nacional das Seguradoras, aborda o crescimento relativo dos volumes de seguros até fevereiro, apesar do quadro complexo, que inclui o ciclo de aperto monetário, além da volatilidade de expectativas.
A publicação assinala que o conflito bélico intensificou o choque inflacionário, convertendo-se em mais um fator de incerteza para o cenário econômico global. A edição acrescenta que há dois principais canais de transmissão dos efeitos do conflito para o Brasil. Um é o choque internacional dos preços de commodities minerais e agrícolas, pressionando a alta de alimentos e combustíveis no País e retroalimentando a inflação. O outro canal de transmissão é pela via das exportações, sendo o Brasil produtor de commodities com ganhos nos termos de troca em ciclo de desvalorização cambial, o que ajuda o controle da inflação. Como pontos de atenção, a nova edição levanta o risco de desaceleração da China nos próximos trimestres e a perspectiva de um ciclo de alta dos juros americanos.
O tom resiliente do setor segurador é a contrapartida das características do mercado nacional, tratado na nova Conjuntura CNseg. Em fevereiro, o setor de seguros movimentou mais de R$ 26,7 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em previdência privada e faturamento de capitalização (sem Saúde e DPVAT), avanço significativo de 21,3% sobre o mesmo mês do ano anterior. Com isso, a arrecadação acumulada no primeiro bimestre do ano representou um avanço de 13,5% sobre o mesmo período em 2021.
O segmento de Danos e Responsabilidades mantém papel de protagonista no desempenho do setor de seguros. Tanto que, em fevereiro, arrecadou R$ 8,1 bilhões em prêmios, valor 28,3% acima do apresentado no mesmo mês de 2021. Já o segmento de Cobertura de Pessoas avançou 18,3% em fevereiro, na comparação mensal interanual, e movimentou R$ 16,4 bilhões em prêmios de seguros e contribuições de previdência privada.
Os títulos de Capitalização, em fevereiro, mantiveram a trajetória de crescimento. Com faturamento de R$ 2,2 bilhões, o mês registrou crescimento de 19,7% na comparação interanual. O pagamento de sorteios e resgates também apresentou crescimento, porém em menor magnitude, 2,3% em relação a 2021. Com isso, a captação líquida, em fevereiro, foi de R$ 664,5 milhões, mais que o dobro do mesmo mês do ano passado (R$ 328,5 milhões). No acumulado, essa expansão foi de 52,7%, se comparada com o mesmo período do ano anterior.
O balanço sobre Saúde Suplementar assinala que, nos planos de assistência médica, houve crescimento de 2,9% na comparação entre fevereiro de 2022 e de 2021. O mês fechou com 49,04 milhões beneficiários. Desse total, aproximadamente 40 milhões de beneficiários são oriundos dos planos coletivos, responsáveis pela maior parte (81,9%) do total de planos de assistência médica. Na comparação interanual, em fevereiro, o número de beneficiários de planos coletivos cresceu 3,99%, com a entrada de 1,53 milhão de pessoas. Nos planos individual e familiar houve retração de 1,39%, traduzindo-se na saída de 125 mil pessoas dos referidos planos, na mesma comparação interanual.