Trocando Ideias foi marcado por muita alegria dos corretores de seguros que estiveram novamente juntos
O 18º aniversário da União dos Corretores de Seguros (UCS) foi especialmente comemorado com a retomada dos eventos presenciais, pós-pandemia. Na noite de 21 de junho, a entidade voltou a realizar seu tradicional evento Trocando Ideias, na Charles Pizzaria, e aproveitou para cortar bolo, remetendo ao nascimento em maio de 2004, quando registrou seu primeiro agrupamento de corretores de seguros.
Atuando desde 2004 e constituída oficialmente desde 2009, a UCS tem por objetivo promover o aperfeiçoamento pessoal e profissional dos corretores de seguros através da troca de informações entre a categoria e outros profissionais ou entidades do mercado de seguros. Para isso, realiza diversos encontros e eventos, como os tradicionais Trocando Ideias, e os mais recentes Trocando Negócios.
“A UCS, completando agora 18 anos, espera contar com a participação de cada vez mais corretores de seguros, trazendo novas ideias e conhecimentos. Juntos, todos podem fortalecer a instituição e os pleitos em prol dos corretores de seguros, ganhando melhores condições para a profissão”, afirma o presidente, Arno Buchli Junior.
Neste 5º Trocando Ideias de 2022, que marcou a volta dos encontros presenciais, e também a “maioridade” da UCS, o convidado foi escolhido com muito carinho: o executivo Fabio Luchetti, ex-presidente da seguradora Porto, atuando hoje como investidor e empresário. Ele apresentou a palestra “Seguros: processos, produtos e distribuição. Tempestade perfeita?”.
Luchetti apontou mitos que se tornaram desafios para os corretores de seguros, entre eles que ainda hoje os seguros são vistos como finanças e não como proteção, seguradoras com preços muito distintos, falta de criatividade em novos produtos, e o principal, o discurso palatável praticado por muitas empresas e entrantes no mercado de que o corretor encarece o seguro. “O mercado abriu para muitas novas empresas, um movimento de abertura e flexibilidade que foi divulgado como pró-consumidor. Mas é preciso ter cuidado com a implantação das empresas no conceito sandbox, porque tem que proteger o consumidor. O open banking deu certo para os bancos e então foi implantado para seguros, mas são processos distintos”, disse.
Em sua visão, são riscos reais para os corretores hoje: bancos digitais – produtos de tickets baixos e baixa complexidade, que estão com “desespero de caixa”, precisam fazer receita; bancos de investimento – criando um exército de agentes financeiros, que são consultivos também; e a SISS – Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros, criadas na gestão anterior da Susep. “Não vejo o menor problema em inovação, temos muito o que evoluir, o que não tem sentido é inovar regredindo em termos institucionais, como dispensando a valiosa atuação dos corretores”, enfatizou.
Arno Buchli Junior, presidente da UCS, frisou a importância dos corretores de seguros, cujo atendimento foi evidenciado à sociedade durante a pandemia. “Apesar de toda a dor e sofrimento da doença, o momento foi capaz de mostrar a pujança do corretor de seguros, porque quando tudo paralisou o corretor levou o setor às empresas e pessoas, para que não sofressem mais perdas. O corretor é fundamental no processo de levar a proteção do seguro”.
O evento também registrou a entrada de novos associados: Alessandra Pereira Simões, Antonio Felício Arsuffi, Fabio Kenjo Hassun, Jaqueline Rodrigues, Jurandir Lopes Junior, e o palestrante Fabio Luchetti. Este, apesar de não atuar como corretor de seguros, foi convidado a se associar como uma homenagem por seu trabalho de relevante contribuição e defesa da categoria.