Seguro náutico: como funciona e quais modalidades existem

Se alguém já tem embarcações ou deseja começar a investir nesse ramo, pode se deparar com algumas dúvidas. Afinal, não é ideal ter um bem de alto valor sem um seguro para cobrir possíveis acidentes, roubos ou mesmo problemas mecânicos ou técnicos. Por isso, ao contratar um seguro para embarcações, o patrimônio é protegido. Independentemente do tipo de embarcação, (lancha, jet-ski, jet-boat, veleiro ou navio), o seguro poderá cobrir todos os riscos citados acima.  As seguradoras devem fornecer uma proteção própria para a modalidade de embarcação que você possui. Confira, abaixo, como funciona e quais são as modalidades de seguro náutico existentes no mercado atualmente:

 

Seguro náutico: como funciona?

Basicamente, o seguro para embarcações, também conhecido como seguro náutico, é o serviço que cobre a segurança do bem, trazendo mais tranquilidade para o proprietário nos casos de riscos. Os seguros podem servir para embarcações de pequeno, médio ou grande porte, inclusive para veleiros. Como qualquer outro tipo de seguro, o náutico é oferecido por corretoras. É possível escolher a que melhor preste serviços e que seja de confiança para cotar o valor e escolher qual seria a melhor opção, tanto no quesito modalidade quanto no quesito cobertura.

Há diversos tipos de cobertura disponíveis no mercado, e tudo vai depender do tipo embarcação, porte, e também do orçamento disponível para a contratação do serviço. O ano de fabricação, a região onde o barco costuma navegar e o material do casco, por exemplo, também são fatores a serem avaliados na hora da contratação.

Quanto aos valores, Márcia Pilikian, da Murolo Seguros (especializada em seguros para embarcações), diz, em entrevista para o Bom Barco, que “o valor do seguro náutico é pequeno, se comparado ao valor do bem”. Ainda, Pilikian acrescenta que, para embarcações novas, o valor do seguro náutico chega a 2% do valor total do barco.

As embarcações de madeira, de ação e de alumínio são mais caras quando comparadas com veleiros e lanchas de fibra de vidro, pois estas últimas costumam ser mais resistentes. O seguro para jet-skis também costuma ser um pouco mais caro, e isso se deve exclusivamente pelo alto número de furtos e roubos deste tipo de embarcação, infelizmente.

É importante lembrar, também, que todos os proprietários de embarcações são obrigados a contratar o Seguro Obrigatório de Embarcações (DPEM), independentemente de usar a embarcação com o objetivo de lazer, esporte ou comércio. Esse seguro funciona como uma licença da embarcação e tem a vigência de um ano. Caso o proprietário não contrate, a embarcação será classificada como indevidamente licenciada, impedindo a navegação.

A cobertura do seguro é exclusivamente para as pessoas que irão usufruir do bem, como tripulantes, condutores, proprietários e seus beneficiários ou dependentes. Esse tipo de cobertura visa casos de indenizações por morte, invalidez permanente e despesas de assistência médica suplementares.

 

Tipos de seguros náuticos disponíveis

Como dito anteriormente, são vários os planos que você pode optar para contratar para sua embarcação. Basicamente, existem os planos básicos e principais, e as coberturas adicionais (especial para quem deseja uma segurança a mais na hora de contratar). Conheça cada uma delas:

 

Planos básicos

Os planos básicos costumam ser mais em conta, e cobrem as principais ocorrências, como furto ou roubo qualificado; naufrágio; queda de raios; avarias particulares; entrada e saída de água; perda; assistência e salvamento; incêndio; colisão com outras embarcações (abalroação); e colisão com obstáculos fixos. O limite para a navegação costuma se situar no litoral brasileiro, para evitar possíveis problemas burocráticos, por conta da troca de país.

O plano básico é ideal para pessoas que não pretendem gastar tanto com o seguro e não costumam usar tanto a embarcação ao ponto de se preocupar com seguros adicionais, como a extensão territorial da cobertura do seguro, por exemplo.

 

Planos adicionais

Se a intenção é contratar um plano mais completo, em comparação com o básico, também pode procurar por um plano com cobertura adicional. Esse tipo de seguro é ideal principalmente para quem usa muito a embarcação tanto como meio de lazer quanto de maneira comercial. É um tipo muito usado para quem tem embarcações de carga, por exemplo, ou para quem pretende ter uma embarcação para fazer viagens mais longas, como para caçar usando uma mira para carabina de pressão, por exemplo.

Entre a cobertura dos planos adicionais, está o que já é previsto nos planos básicos, mais a garantia de transporte terrestre (o que é essencial para os casos em que a embarcação não fica situada na marinha); roubo ou furto qualificado de acessórios e/ou equipamentos que estão dentro da embarcação; despesas extraordinárias; garantia de responsabilidade civil de proprietários da embarcação; remoção de destroços; e garantia de participação em regatas.

Alguns seguros também ofertam a possibilidade de cobrir danos em territórios fora do Brasil, o que pode ser muito bom para quem pretende navegar por águas internacionais, fora do litoral brasileiro.É importante destacar que a remoção de destroços, quando feita de maneira particular, sem a cobertura do seguro náutico, pode custar entre R$ 20 e R$ 40 mil, a depender do tamanho e do tipo da embarcação.

Ou seja, isso significa que, ainda que o seguro com cobertura adicional seja mais caro que o plano básico, você ainda economiza nos casos de sinistro, pois os serviços contratados de maneira particular saem por um valor bem acima do que é pago para o seguro.

Há também a possibilidade de optar por contratar um seguro com cobertura para terceiros, nos casos em que outras pessoas pilotarão a embarcação – colisão, perda de vida, danos corporais e danos a objetos fixos e/ou flutuantes são alguns dos casos em que este tipo de seguro faz a cobertura. (Foto: Divulgação istock)