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Seguradoras tendem a abandonar obras de infraestrutura que estão paradas

Pelo fato do mau andamento de grandes construções brasileiras, seguradoras negam a adiar o término dos contratos

Sabemi

Com a economia do país ainda bastante instável, as obras de infraestrutura nacional ficam, na maioria das vezes, devagar ou até paradas. Dessa forma, algumas empresas de seguro abandonam o projeto, pois se recusam a prorrogar a data de vencimento das apólices.

Para que o negócio tenha continuidade, a AON, empresa especializada em gerenciamento de riscos, facilita a negociação entre a seguradora, o financiador, o dono do projeto e a fabricante de equipamentos de grandes obras.

“Se uma obra está totalmente parada, os riscos podem ser alterados de maneira que a seguradora não queira mais fazer parte do negócio”, afirma o diretor de infraestrutura da corretora de seguros AON, Clemens Freitag.

Dependendo do motivo do atraso das obras, os riscos podem mudar. Por exemplo: se for época de chuva, ela terá impacto total no andamento da construção e até na garantia dos equipamentos.

A AON atua na análise desses tipos de riscos. Sabendo que coisas adversas podem ocorrer durante a obra, como no caso citado acima, a empresa vai estender essas garantias junto aos fabricantes.

“Grandes obras  podem precisar de várias seguradoras para garantir o risco. Se uma seguradora sai do projeto, o percentual dela de participação no seguro precisa ser reposto”, explica Freitag

Caso ocorra a desistência da seguradora, a construção que já estava atrasada vai demorar ainda mais para ser concluída, pois será difícil achar outra empresa que assuma os riscos deixados pela outra.

Em julho de 2016, o site Estadão publicou o número de obras paradas no Brasil. Segundo o portal, o país tem cerca de cinco mil projetos que estão parados. Especialistas afirmam que os prejuízos causados pela paralisação são incalculáveis.

Clemens Freitag, o diretor de infraestrutura da AON
Clemens Freitag, o diretor de infraestrutura da AON

 

Por:

Redação