A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), a Escola de Negócios e Seguros (ENS), e o Instituto Brasileiro de Autorregulação da Corretagem de Seguros (Ibracor) – uniram-se para criar a Infraestrutura Brasileira de Proteção a Riscos (IPR Brasil), que contará com uma Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (SPOC) para credenciar corretores de seguros que desejarem atuar no mercado de Open Insurance.
O Open Insurance é a grande inovação recente do setor de seguros. Ao lado do irmão mais velho, o Open Banking, forma o Open Finance, que possibilitará, através do compartilhamento de dados consentido pelo cliente, o desenvolvimengto de produtos cada vez mais assertivos às necessidades e riscos das pessoas.
Dentro da estrutura do Open Insurance estão representantes das seguradoras e, com a criação dessa Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (SPOC), também os corretores de seguros. As SPOC foram introduzidas recentemente, através da Resolução CNSP 450, de 18 de outubro de 2022.
Há uma série de requisitos para que um corretor possa atuar como SPOC: patrimônio mínimo, capacidade tecnológica e rigoroso processo de credenciamento junto à Susep. Por isso, as entidades uniram forças para viabilizar e garantir a atuação de todos os corretores no Open Insurance.
A Infraestrutura Brasileira de Proteção a Riscos (IPR Brasil) tem como ponto de partida três entidades do setor de seguros e uma empresa que atuará como Sociedade Processadora de Ordem do Cliente: 1) a ENS, que cuida da formação e reciclagem profissional do corretor de seguros; 2) o Ibracor, que trata do registro e da orientação ao corretor para adoção de boas práticas de governança e de ética profissional; 3) a Fenacor que promove a disseminação e apoio aos corretores; e a OpenCor Brasil SA – que tem como sócios majoritários essas entidades – a quem caberá operar a plataforma tecnológica do Open Insurance.
Lucas Vergílio, presidente da ENS, explica que à Escola caberá oferecer capacitação necessária para que os corretores possam atuar no ambiente do Open Insurance. “Tão importante quanto a tecnologia, é a capacitação e a reciclagem desses profissionais”, salienta. O presidente do Ibracor, Joaquim Mendanha, também ressalta que fazer parte dessa Infraestrutura possibilitará a redução dos custos operacionais das seguradoras e aumento da produtividade dos corretores e de todo o setor, em benefício aos consumidores.
Já o presidente da Fenacor, Armando Vergílio, diz que a Infraestrutura Brasileira de Proteção a Riscos completa e aperfeiçoa o Plano Nacional de Desenvolvimento do Mercado Segurador – PMDS, iniciativa coordenada pela CNseg, construída de forma conjunta pelos mais importantes atores do mercado de seguros.
O setor de seguros arrecadou em 2022 quase R$ 356 bilhões, o que representa um crescimento de 16,2% em relação ao ano de 2021. Nesta indústria pujante, a Fenacor representa a força da distribuição, por meio de 120 mil corretores de seguros. Já a ENS forma 5 mil novos corretores de seguros a cada ano, e o Ibracor fornece o registro e estudos sobre o perfil desses profissionais de todo o Brasil. A Fenacor, o Ibracor e a ENS acreditam que somente com a união de esforços e de iniciativas de todos os atores do setor de seguros é que se alcançará potencial máximo de otimização para o desenvolvimento do mercado e do país.