O último trimestre do ano é um período de extrema relevância para o setor de varejo. Com a chegada da Black Friday e das festas de final de ano é esperado um aumento no consumo e consequentemente na demanda do setor de varejo. Em uma pesquisa divulgada pelo Google em setembro, o brasileiro está mais otimista para comprar em 2023: 67% dos consumidores pretendem fazer compras para a data e sete em cada dez consumidores pretendem gastar mais ou igual do que em 2022. O levantamento revelou ainda que uma a cada quatro compradores pretendem gastar mais de R$ 1 mil na Black Friday.
Segundo análise da Allianz Trade, líder mundial em seguro de crédito, a tendência é que a propensão marginal a consumir aumente, levando a um crescimento no patamar de vendas do varejo. O motivo é a melhora nos indicadores que fomentam o consumo da população, como por exemplo o controle da inflação, a queda no desemprego e o barateamento do acesso ao crédito.
“Do lado da seguradora, nos preparamos para atender nossos segurados em suas demandas, mensurando as solicitações de exposição temporária adicional de acordo com o grau de risco de cada comprador. Por outro lado, mesmo com a redução da Selic nos últimos meses e com a tendência positiva de encerrar 2024 com juros abaixo de dois dígitos, os varejistas vêm abrindo mão de margens adequadas há um bom tempo, levando ao aperto de liquidez e consequente alavancagem adicional”, explica o diretor de Crédito, Felipe Tanus.
O diretor reforça ainda que há um esforço dos grandes players em reduzir estoques e aumentar prazos com fornecedores, fomentando assim geração de caixa operacional em nível satisfatório. “Nossa expectativa é de que o Black Friday e Natal tragam um saldo positivo para o varejo, porém pouco maior do que o resultado apresentado em 2022”, finaliza.