O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 118,6 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de 49,9% frente ao resultado positivo de R$ 79,1 milhões apurado no 1T24

Os números, divulgados hoje (12/05) conforme a Visão Negócio, mostram evolução do ressegurador, que apurou lucro pelo nono trimestre consecutivo. O desempenho foi influenciado pelo resultado financeiro e patrimonial, que avançou 57,9% nos três primeiros meses do ano, e o resultado de subscrição positivo. No acumulado dos últimos 12 meses, o lucro líquido do IRB(Re) alcançou R$ 412 milhões.

“Os números refletem a consistência da nossa estratégia de negócios. Evoluímos, trimestre a trimestre. Olhando a trilha dos últimos 12 meses, conseguimos enxergar mais claramente essa evolução. Promovemos a limpeza da carteira, colocando foco no índice combinado. Com isso, verificamos que as curvas do resultado de subscrição e do resultado líquido são crescentes e positivas. Seguimos comprometidos em gerar resultados sustentáveis, no longo prazo, com foco na rentabilidade do negócio”, afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).

Marcos Falcão, CEO do IRB(Re)

Lucro líquido da carteira Não-Vida cresce 68,7%

Considerando a divisão do portfólio de negócios, o lucro líquido da carteira Não-Vida do IRB(Re) foi de R$ 135 milhões no 1T25. Alta de 68,7% na comparação com o resultado positivo de R$ 80 milhões no 1T24. Já Vida fechou o 1T25 com prejuízo de R$ 16 milhões, ante resultado negativo de R$ 1 milhão no 1T24. No acumulado dos últimos 12 meses, houve crescimento do lucro líquido Não-Vida, que passou de R$ 246 milhões para R$ 448 milhões. Em Vida, o resultado negativo foi reduzido de R$ 61 milhões para R$ 36 milhões, seguindo a limpeza da carteira.

O resultado de subscrição totalizou R$ 103,2 milhões no 1T25, ante R$ 122 milhões apurados no 1T24. Considerando os últimos 12 meses, houve evolução de R$ 274 milhões para R$ 433 milhões. A carteira Não-Vida registrou resultado de subscrição positivo de R$ 126 milhões no 1T25, crescimento de R$ 10 milhões em relação ao 1T24. Em Vida, houve resultado negativo de R$ 23 milhões no 1T25.

“Analisando os números conforme a visão Não-Vida e Vida, registramos um trimestre com um lucro líquido de R$ 135 milhões em Não-Vida, superior ao verificado no trimestre anterior. Em Vida, o resultado negativo é reflexo da dinâmica do negócio, uma vez que a limpeza da carteira no ano passado não gerou mais prêmios, mas ainda recebemos sinistros. Isso também está refletido nos índices de sinistralidade e combinado. Destaco ainda que o resultado de subscrição oscilou devido à ocorrência de um grande sinistro em uma fábrica de lubrificantes, afetando as linhas de Danos Materiais e Lucros Cessantes. Porém, é importante mencionar que, apesar desse sinistro, registramos um trimestre com lucro líquido de R$ 118,6 milhões”, diz Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).

Daniel Castillo, VP de Resseguros do IRB(Re)

Prêmio retido Não-Vida acumulado nos últimos 12 meses é de R$ 3,3 bilhões

No 1T25, os prêmios retidos pelo IRB(Re) totalizaram R$ 974 milhões, ante R$ 1,1 bilhão no 1T24. Desse total, R$ 921 milhões se referem à carteira Não-Vida (94,6%) e R$ 53 milhões à Vida (5,4%). Vale ressaltar que no acumulado dos últimos 12 meses, o prêmio retido Não-Vida avançou de R$ 3 bilhões para R$ 3,3 bilhões. Considerando as linhas de negócios, 52,5% do prêmio retido no 1T25 provêm de Patrimonial, alta de 4,2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao 1T24.

Em relação à geografia, 61,5% (R$ 599 milhões) do prêmio retido é resultado de negócios firmados no Brasil. Outros 9,5% (R$ 92 milhões), na América Latina; e 29% (R$ 283 milhões), em outros países do mundo. Conforme a estratégia de subscrição do ressegurador, houve alta de 31% na participação dos países latino-americanos no prêmio retido. Vale destacar que o prêmio retido é resultado da subtração do prêmio retrocedido do prêmio emitido. Ele reflete o prêmio que é mantido dentro da companhia.

“O prêmio retido no 1T25 é superior ao registrado no 4T24. A redução na comparação com um ano antes deve-se ao deslocamento de vigência de contratos relevantes entre trimestres. Esperamos que esse prêmio seja registrado no decorrer do ano. Além disso, o mercado de Rural não se comportou como esperado. Acrescento que continuamos com foco em Brasil. Nos próximos dois trimestres, a participação da América Latina deve crescer, uma vez que a renovação de seus negócios ocorre, anualmente, nos meses de abril, junho e julho. Estamos agora em plena renovação na Argentina, Peru, Colômbia e México”, completa Castillo.

Índice combinado de Não-Vida mostra estabilidade

Neste trimestre, o índice combinado total – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – foi de 102,5%, ante 97,8% no 1T24. No segmento Não-Vida, o índice combinado fechou o 1T25 em 98%, em linha com os 96% do 1T24. Já em Vida passou de 105%, no 1T24, para 161%, no 1T25. Ao analisar o acumulado dos últimos 12 meses, o índice combinado de Não-Vida permanece estável em 97%, com redução do Não-Vida Internacional de 125% para 102%. Em Vida, o índice acumulado é de 129%.

O índice de sinistralidade, no 1T25, foi de 66,5%, ante 58,2% no 1T24. Houve redução de 3 p.p. na sinistralidade de Não-Vida, que passou de 64%, no 1T24, para 61%, no 1T25. O sinistro retido no segmento foi de R$ 486 milhões no 1T25, ante R$ 529 milhões um ano antes. Em Vida, o índice avançou de 27% para 140%, com o sinistro retido passando de R$ 38 milhões para R$ 76 milhões.

Em relação ao comissionamento, outro indicador central para o cálculo do índice combinado, houve redução de 7,1 p.p. no índice de comissionamento total do 1T24 para 1T25: de 27,8% para 20,7%. De um total de R$ 252 milhões para R$ 175 milhões. Em Não-Vida, 22% no 1T25, em linha com os 20% do 1T24. No segmento Vida, houve redução de 68%, no 1T24, para 3%, no 1T25, refletindo a mudança da estratégia para a carteira.

 Resultado financeiro e patrimonial sobe 57,9%

O resultado financeiro e patrimonial da companhia, neste primeiro trimestre, foi de R$ 210,2 milhões, maior 57,9% em relação ao 1T24, quando alcançou R$ 133,1 milhões. “No 1T25, o resultado dos investimentos somou R$ 174 milhões, sendo R$ 145 milhões no  onshore e, no offshore, R$ 29 milhões. O avanço do resultado financeiro e patrimonial pode ser atribuído, principalmente, à variação cambial, que beneficiou o resultado em R$ 45 milhões”, conta Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), braço de investimentos do ressegurador.

“Encerramos o trimestre, com um total de ativos sob gestão de R$ 8,9 bilhões, contra R$ 8,1 bilhões no 1T24. A alocação destes recursos pode ser dividida entre aproximadamente 56% no Brasil e 44% no exterior. Cabe mencionar que a redução dos ativos sob gestão de R$ 9,1 bilhões, no 4T24, para R$ 8,9 bilhões, no 1T25, deveu-se, principalmente, à apreciação de 7,27% do real neste primeiro trimestre”, acrescenta Valle.

Suficiência chega a 207% no 1T25

O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep, órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 31 de março de 2025, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.

 “A suficiência do Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido, que era de R$ 71 milhões, no 1T23, e de R$ 697 milhões, no 1T24, é, atualmente, de R$ 1,1 bilhão. Isso significa uma suficiência de 207%, alta de 38 p.p. em relação ao 1T24. O resultado se deve, principalmente, à estabilidade do capital mínimo requerido e ao aumento do Patrimônio Líquido Ajustado. Já o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas encerrou o 1T25 com suficiência de R$ 728 milhões”, diz Eduarda de La Rocque, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).

Lucro líquido em IFRS 17 é de R$ 134 milhões

O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pelo regulador setorial, a Susep, publicou seus resultados de 2024 em IFRS 17, metodologia adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, traz novos conceitos, incluindo o valor do dinheiro no tempo. Considerando a IFRS 17, o resultado da companhia no 1T25 foi positivo em R$ 134 milhões, ante lucro de R$ 237 milhões no 1T24.

“O resultado da prestação de serviços de resseguro totalizou R$ 235 milhões, uma leve redução em relação ao mesmo período de 2024, quando alcançou R$ 252 milhões. Os principais destaques positivos foram os grupos Patrimonial e Rural, que contribuíram de forma relevante para a composição do resultado. Por outro lado, no grupo Vida, observamos uma redução no resultado do 1T25 em comparação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a estratégia da companhia de não expandir a carteira nesse segmento”, afirma Frederico Knapp, CFO do IRB(Re).

Em relação à margem contratual de resseguro (CSM), no 1T25, houve redução de 13,7% na amortização da CSM em comparação ao 1T24 (de R$ 352 milhões para R$ 304 milhões), reflexo de um saldo inicial menor, decorrente da queda de 13% na subscrição de prêmios. De acordo Knapp, esse movimento está diretamente relacionado à decisão estratégica de redirecionar sua atuação no grupo Vida, priorizando a não renovação de contratos que não atendem aos critérios mínimos de rentabilidade estabelecidos. Por outro lado, os novos negócios subscritos no 1T25 apresentaram um crescimento de 21,7% na CSM em relação ao período passado (de R$ 161 milhões para R$ 195 milhões), evidenciando a consistência da estratégia de subscrição da companhia.

 “Como comentamos em divulgações anteriores, a CSM representa o lucro esperado dos contratos de resseguro que ainda não foi reconhecido no resultado e que será liberado gradualmente, conforme entregamos os serviços ao longo do tempo. Esse é um componente chave do resultado da prestação de serviços de resseguro e mede a rentabilidade futura dos nossos portfólios”, explica Knapp.

A Análise de Desempenho completa está disponível no site de Relações com Investidores da companhia (www.ri.irbre.com).