Fatores macroeconômicos como crise financeira e baixa venda de veículos liga o sinal de alerta nas seguradoras
Durante quase 10 anos seguidos, o mercado automotivo acostumou-se com crescimento de dois dígitos. No entanto, o recesso econômico e o advento da tecnologia, trazendo consigo algoritmos, inteligência artificial e outras inovações, abalaram as estruturas do seguro mais popular do Brasil: auto.
Apesar de ainda não ser tão alarmante, o cenário preocupa seguradoras e corretores que buscam insistentemente acompanhar as exigências do consumidor a fim de não perdê-lo.
Ciente com essa eventual queda, a HDI Seguros promoveu um encontro com executivos da companhia e corretores de seguros no Clube dos Corretores de Seguro de São Paulo (CCS-SP) para debater esse tema. O evento ocorreu na tarde desta terça-feira (01).
O presidente da seguradora, Murilo Riedel apresentou ao público um ambiente desfavorável no setor de seguro auto. Além de mostrar os fatores externos que desestruturam esse segmento.
“O mercado de seguro auto cresceu 7% nos últimos cinco anos. Porém, estávamos acostumados com progresso de dois dígitos e a HDI se aproveitou muito dessa situação”, revela Riedel. Prosseguindo sua fala, o executivo aponta que já em 2016, o crescimento da seguradora foi retraído para 2,6%.
Estudos mostram que o Sudeste é o local brasileiro onde as pessoas mais pararam de comprar ou deixaram de ter carro. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabreve), em abril deste ano a venda de veículos caiu 3,6% em relação ao mesmo mês de 2016.
O motivo da baixa não é só por causa da crise econômica. Segundo Riedel, a vontade de consumir carros também diminuiu. “A fabricação de veículos cairá junto com o desejo das pessoas de comprar um carro”, observa. “O corretor deve saber que as dificuldades causadas por fatores econômicos e pelo advento da tecnologia vai fazer parte do dia dele”, complementa.
Redação Revista Seguro Total
