Estudo inédito revela quais são os modelos mais visados pelos bandidos, horários e locais com maior incidência de delitos
Nos seis primeiros meses de 2017, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou 957 roubos e 325 furtos de veículos agrícolas, em todo o Estado. Os dados acabam de ser tabulados e analisados no Boletim Econômico Tracker-Fecap de setembro, fruto de uma parceria entre o Grupo Tracker (maior empresa de rastreamento e localização de veículos do Brasil) e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (referência na área de Gestão de Negócios).
“Ao analisar os índices de roubo e furto destes maquinários nos últimos 12 meses, é possível observar comportamentos divergentes. Enquanto o foco maior do furto se concentra nos reboques e tratores, o roubo tem sua grande concentração no semirreboque”, afirma o especialista em Inteligência de Mercado do Grupo Tracker, Frederico Augusto Lanzoni.
“Quando comparamos os furtos e roubos das grandes metrópoles com a zona rural, é possível ver que a ação é completamente diferente. Na zona rural, existe muito mais planejamento e dinheiro envolvidos por trás do furto e roubo, porque essa carga pesada vale mais”, comenta o professor de Economia e coordenador do NECON – Núcleo de Conjuntura Econômica da FECAP, Erivaldo Costa Vieira.
Furto: Análise Trimestral
Tecnologia específica para veículos agrícolas
De acordo com o Boletim Econômico Tracker-Fecap, cruzando os dados de locais de roubo e furto com a análise dos horários dos furtos, os crimes acontecem, em sua grande maioria, de madrugada, nos locais onde os maquinários e veículos agrícolas permanecem ‘em descanso’.
Rodrigo Boutti explica que os ladrões sabem que estes maquinários ficam estacionados por longos períodos e com a chave geral de alimentação desligada. Além disso, na zona rural, muitas vezes não tem sinal da rede móvel, impossibilitando o monitoramento pela tecnologia “GPS/GPRS”, e é justamente neste “ponto cego” que os bandidos atacam.
“O Grupo Tracker disponibiliza para o mercado um equipamento de Radiofrequência autônomo que anula os efeitos ‘falta de energia e sinal da rede móvel’, para que seja possível o rastreamento destes veículos e assim combater e recuperar os bens”, finaliza o gerente de Operações da empresa.
O Mercado
O Agronegócio paulista corresponde a 13,8% do PIB total do Estado de São Paulo e 18,7% do PIB do Agronegócio Brasileiro. Emprega cerca de 2 milhões de pessoas, representando 14% do mercado de trabalho do Estado de São Paulo e 25% dos empregos no Agronegócio brasileiro.
Já o transporte de cargas no campo compõe 10% do segmento de agrosserviços, sendo que este representa 42,7% do PIB do Agronegócio do Estado de São Paulo.