Seguro Auto: Porto prevê retomada em 2018

Seguro Auto: Porto prevê retomada em 2018

Com recuperação da indústria automobilística e melhor desempenho dos indicadores econômicos, companhia aposta no ajuste de preço da concorrência para crescer no setor de seguro auto

A Porto Seguro aposta na recuperação mais forte do segmento auto neste ano. Isso por conta da alta de prêmios e recomposição da frota segurada. O crescimento, porém, ainda depende de preços “mais racionais” pela concorrência. Além do cenário econômico de menor risco.

Prêmios do seguro auto

Os prêmios auferidos do segmento de automóveis atingiu R$ 2,572 bilhões no quarto trimestre de 2017. O valor corresponde a um aumento de 5,3% em relação a igual período do ano anterior, de R$ 2,443 bilhões.

De acordo com o diretor geral da Porto Seguro, Marcelo Picanço, 2017 foi um ano marcado por ajustes e recomposição de preços. Agora, com a melhora do ambiente econômico e da indústria automobilística, a tendência é de avanços no seguro auto.

“O preço começou o ano passado abaixo do necessário, pressionado pela crise e pela concorrência. O ciclo agressivo de redução da Selic [taxa básica de juros] também foi um agravante. Agora, que já fizemos os ajustes de preços necessários, a expectativa é de recuperar a frota e continuar crescendo”, diz.

Ele pondera, porém, que além da necessidade de um andamento melhor nos ambientes macroeconômico e político, os demais players do setor precisam colocar “preços mais racionais” no auto.

“Dependemos menos parte macro do País, do que da concorrência no segmento operacional. Mas a perspectiva é positiva. Com Selic menor, este tende a ser o movimento do mercado”, avalia Picanço.

Demais produtos

Ao mesmo tempo, os demais produtos da seguradora também demonstraram bons resultados no último trimestre do ano passado.

Os seguros patrimoniais atingiram os R$ 401,4 milhões em prêmios auferidos. O crescimento foi de 27,3% na comparação com igual período de 2016, de R$ 324,4 milhões.

Já o seguro saúde avançou 17,1% na mesma relação, passando de R$ 264,4 milhões para R$ 309,6 milhões. Enquanto isso, o seguro de pessoas foi de R$ 172,4 milhões para R$ 198,6 milhões (+15,2%).

Previdência foi a única linha da seguradora que mostrou queda (-1%), de R$ 206,2 milhões para R$ 204,2 milhões.

Segundo Picanço, a gestão focada em lucratividade e os indicadores mais amenos na economia do País colaboraram para os produtos da Porto.

“Além disso, as receitas de empresas financeiras e serviços também tiveram bom desempenho. A estratégia foi focada no cartão de crédito e desenvolvimento mais forte das empresas em estágio inicial que temos na companhia”, diz.

Essas receitas avançaram 12,6% no quarto trimestre de 2017 contra mesmos três meses de 2016, de R$ 525,7 milhões para R$ 592,1 milhões.

Da outra ponta, o resultado financeiro caiu 43,1% na mesma relação, de R$ 270,6 milhões para R$ 153,9 milhões, puxado pelo recuo da Selic.

“Agora, já estamos precificados para o atual cenário. Claro que as coisas mudam caso o risco político e econômico do País piore. Mas a expectativa é de que seja uma recuperação crescente”, conclui Picanço.

Fonte: DCI