Especialistas debatem a Atenção Primária à Saúde

A importância da APS na vida das pessoas entrou em debate em evento promovido pela FenaSaúde. Na ocasião, especialistas tiveram a oportunidade de explanar seus pontos de vista sobre o tema. O encontro aconteceu na manhã da última terça-feira, em São Paulo.

João Alceu observou que o assunto APS não é desconhecido, principalmente pelos brasileiros que se utilizam do Sistema Único de Saúde (SUS). Destacou, no entanto, que há 20 anos, quando a saúde privada começou a falar sobre atenção primária, tendo a figura do médico de família como o elo entre o paciente e seu tratamento, resultando em um atendimento mais coordenado, houve críticas relacionadas à restrição de acesso. “Na época, não houve o entendimento de que queremos usar a APS como ferramenta para melhorar a qualidade do atendimento ao beneficiário”, assinalou. A Lei 9.656/98 (conhecida como Lei dos Planos de Saúde) trouxe avanços importantes para o setor, mas indiretamente causou prejuízos ao modelo de atendimento ao paciente em razão do acesso irrestrito a especialistas. “Como consequência, temos hoje beneficiários perdidos nessa fragmentação”, frisou, acrescentando que APS é capaz de resolver em até 80% as demandas da saúde; em 17% as internações; e em cerca de 30% a procura por serviços de urgência e emergência.

José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde, apresentou os resultados de uma pesquisa realizada pela jornalista Cristiane Segatto, com 30 pessoas. “Agora temos de expandir as iniciativas que conquistam médicos e pacientes que obtiveram benefícios com programas de atenção primária em curso por quatro operadoras que participaram do levantamento”, comentou.

No fim, jornalistas expuseram suas conclusões sobre as palestras. Uma delas foi que as operadoras de saúde devem se comunicar melhor com seus clientes com a intenção de disseminar a importância desse segmento na vida das pessoas.