Susep desconhece seguradora do autódromo de Deodoro

A construção do autódromo de Deodoro no Rio de Janeiro nem começou, mas já gerou polêmica. A Rio Motorpark, vencedora da licitação, apresentou como garantia à Prefeitura do Rio uma carta-fiança de quase R$ 7 milhões do Maxximus Bank. A companhia, no entanto, não é autorizada pelo Banco Central. Já em nota*, a prefeitura carioca divulgou que a empresa é um “banco de primeira linha”. 

Além de não ser autorizada pelo Banco Central, a empresa também não possui registro da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ao mesmo tempo, a Maxximus negou, em entrevista ao G1, que seja um banco. O valor estimado do contrato de concessão do autódromo é de R$ 697 milhões. Para uma empresa participar da concorrência, o edital exige garantia de 1% desse valor, ou seja, R$ 6,97 milhões.

No dia 20 de maio deste ano, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a vitória da Rio Motorpark para licitação do autódromo. O grupo foi o único a mostrar interesse na construção e na operação para os próximos 35 anos de circuito. O consórcio foi criado 11 dias antes da licitação ser lançada, com capital segurado de R$ 100 mil. O valor, porém, é equivalente a apenas 0,14% do exigido para concessionária que irá construir e operar o autódromo. A publicação do G1 pontua ainda que para participar da licitação, é necessário caução em dinheiro ou títulos públicos.

* A nota divulgada pela prefeitura do Rio de Janeiro foi retirada do site

Sergio Vitor

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