Seguro de Riscos Cibernéticos é tema de Café com Seguro

Vazamento de dados pessoais é praticamente impossível de ser evitado

Os crimes cibernéticos aumentaram junto com a propagação da tecnologia. Há quem diga que uma empresa de médio ou de grande porte, certamente será invadida uma hora ou outra por um hacker. Porém, algumas instituições conseguem se sobressair melhor que as outras. A segurança de todos pode estar à mercê desses crimes.

A Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) promoveu no dia 4 de outubro, um debate sobre ‘Seguros e Riscos Cibernéticos’. A intenção foi trazer a reflexão das empresas que guardam seus dados em seus computadores ou fazem o upload na internet.

O assunto fora tratado em três painéis. Comandado por Fernando Carbone, diretor de investigações da empresa Kroll, o primeiro quadro mostrava os meios de segurança e especificações técnicas de como os hackers atacam e como as empresas devem se cuidar dessas ameaças.

Muitas organizações que já tiveram seus dados acessados só ficam sabendo muito tempo depois do ocorrido ou até nem chegam a saber. Em uma pesquisa feita pela Kroll em 2015, 33% dos donos de empresa afirmaram que não tiveram nenhum problema de segurança e 15% disseram que não sabiam.

“A pergunta não é se a segurança da minha empresa vai ser abalada de, e sim quando”, afirma Carbone. “A América do Norte tem uma maturidade mais avançada do que aqui em relação a ataques”.

O outro grande problema das organizações, que tiveram vazamento de informações de seus clientes, é a reputação. Segundo Flávio Sá, gerente Financeiro da seguradora AIG, a imagem da empresa fica bastante afetada, mas o seguro deve fazer com que ela responda rapidamente a essa fase ruim.

A ideia da apólice de seguros é, principalmente, cobrir a responsabilidade civil. Ou seja, danos que são intangíveis, como recuperar moralmente uma instituição e não concertar falhas que são consideradas técnicas. Sá termina: “a apólice responde com recomposição dos dados e, traz também, a obrigação de notificar e monitorar essas informações”.

Nos Estados Unidos, é dever da empresa notificar o cliente e as autoridades caso ela seja vítima de vazamento de informação.

Guilherme Procopio, executivo da IBM, mostrou que 35% dos vazamentos acontecem de dentro para fora. Ou seja, funcionários da própria empresa oferecem informações para que os crimes possam ser cometidos. 

Legislação para seguros cibernéticos:

A lei 12.965, tornará vigente o Marco Civil da internet, que estabelece garantias, princípios, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

 

Legenda Foto:

 

Da esquerda para à direita:

Marcus Smithson, Sergio Nobre, Márcia Cicarelli, Guilherme Procopio, Mauro César Batista, Fernando Carbone, Daniel Flores, Flávio Sá, Edmur de Almeida e Maurício Bandeira.