O mercado de seguros pode influenciar ou até mesmo servir de base para a abertura de negócios em outros segmentos, inclusive aqueles mais ligados ao esporte e ao lazer? O jovem empreendedor Rafael Caspary Blay, criador do blog “algolritmo.com”, especializado em estatísticas sobre futebol, garante que sim. “Cresci ouvindo conversas sobre o mercado de seguros, estatísticas e análises. Tenho certeza de que essas referências podem trazer ideias e conceitos novos e mais relevantes, inclusive para o futebol. Afinal, isso é feito há tempos em outros esportes, como o basquete”, afirma Rafael, que é filho de Marcelo Blay, CEO da Minuto Seguros, e estuda Ciências da Computação e Administração na University of Southern California (EUA).
Com apenas 20 anos, ele utiliza os ensinamentos que recebeu em casa e, mais recentemente, na universidade, para aplicar em posts que fazem da estatística a essência do comentário.
Segundo Rafael Blay, o blog surgiu de uma ideia que vinha amadurecendo há algum tempo: unir duas de suas maiores paixões, o futebol e a estatística. “Fiz pesquisa sobre analistas de dados e de desempenho de times e vi que muitos começaram com blogs e estudos. Eu também tinha estudos e achei que seria legal ter um lugar para colocar essas informações. No fundo, o objetivo é desmistificar essa coisa de estatística, mostrar para quem gosta de futebol que a coisa acadêmica pode ser aplicada no seu esporte favorito”, acentua.
A iniciativa ganhou total apoio do pai de Rafael. Para Marcelo Blay, não há dúvidas de que o mercado de seguros pode contribuir e muito para o sucesso de iniciativas como o blog, que se propõe a usar a estatística e os modelos matemáticos para fazer previsões. “Hoje, está na moda a profissão de cientista de dados, totalmente relacionada com o setor de seguros pois a ver com cálculos atuariais e estatísticas”, diz o executivo, que vê como “muito bacana e muito gostoso” ter um filho empreendendo aos 20 anos de idade, antes mesmo de concluir a faculdade. Marcelo Blay observa que essa é uma tendência que se estenderá por diferentes segmentos de negócios. Ele cita a “Internet das Coisas” como algo que vai gerar um universo grande de dados, por conectar “tudo com tudo”, dentro de uma casa ou de uma empresa. “Imagine a quantidade de dados que isso vai gerar. Então, será preciso alguém para chegar a uma conclusão. As seguradoras já têm essa expertise”, conclui o CEO da Minuto Seguros.
Fonte: CQCS