Reforma trabalhista exigirá mudanças na gestão e na cultura das empresas

Para que a nova legislação trabalhista, já aprovada na Câmara dos Deputados, resulte nos benefícios esperados, as empresas terão de promover mudanças em sua gestão, especialmente de pessoal, e também em sua cultura em termos de relações de trabalho. Algumas mudanças terão de ocorrer em curtíssimo prazo.

Abordar a importância, as expectativas e as necessidades desse novo ambiente é o objetivo do seminário “Reforma Trabalhista – mudanças e impactos na gestão das empresas”, a ser realizado na próxima terça-feira, 09/05, em São Paulo, SP.

O evento, gratuito, é promovido conjuntamente pelo Sindicato das Empresas de Internet (Seinesp) e pelo Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas (Sindijore).

“Com menos burocracia e mais segurança jurídica, o grande objetivo da nova legislação trabalhista é promover o aumento da produtividade, com ganhos para os trabalhadores, para as empresas e para o país”, resume o especialista Emerson Casali, palestrante no seminário.

Ele enfatiza, porém, que as empresas precisarão se adaptar rapidamente às novas regras, para que seus benefícios sejam sentidos. “Assim que a legislação estiver em vigência, nos termos aprovados na Câmara, haverá melhorias que poderão ser implantadas de imediato, como o banco de horas individual, o uso do teletrabalho e a adoção do contrato intermitente”, enumera.

Na avaliação de Casali, a nova legislação exigirá também mudanças de natureza cultural no mundo corporativo. “Teremos um ambiente que valorizará a negociação nas relações de trabalho, tanto entre empresas e seus funcionários, diretamente, como entre as empresas e os sindicatos de trabalhadores”, antecipa.

Além de Emerson Casali, o seminário terá como palestrante José Pastore, professor titular da Faculdade de Economia e Administração (FEA-USP) e um dos principais estudiosos no país sobre relações trabalhistas.
O painel de debates terá a participação de Admilson Moreira, coordenador da proposta de reforma trabalhista do Ministério do Trabalho, e dos advogados Sólon Cunha, professor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, e Wolnei Tadeu Ferreira, diretor jurídico da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

 

Fonte: Maxpress