Fonte: g1.globo.com
A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (26) um empresário de Assis (SP) acusado de pertencer a uma quadrilha que aplicava o golpe do seguro. O esquema começou a ser investigado a partir do momento que a polícia desconfiou do número de carros furtados em Assis e na região.
Analisando os boletins de ocorrência, a polícia percebeu que os carros, em sua maioria, eram modelos caros com sistema de segurança sofisticado, o que levantou a desconfiança dos investigadores. A polícia passou então a monitorar os donos desses veículos e descobriu o esquema.
A quadrilha seria comandada por um homem de 40 anos que está preso em uma cadeia da região de Assis. Com a ajuda do empresário, a quadrilha entrava em contato com os donos dos veículos que eram encomendados pela quadrilha e ofereciam um dinheiro, além do seguro do veículo, para que o furto fosse facilitado.
De acordo com as investigações, era tudo combinado. O carro era deixado em uma rua escura, com tanque cheio e a chave no banco. Um integrante da quadrilha pegava o veículo e o levava para a Bolívia, onde ele era vendido. Depois da venda, o boletim de ocorrência era feito e a pessoa dava entrada no seguro.
“Eles captavam essas supostas vítimas que tem o seguro do veículo e com isso a pessoa ganhava duas vezes, além de receber o dinheiro do veículo, ela também recebia parte da venda, que eram feitas em Corumbá e Puerto Suarez, na Bolívia. E foi em uma das negociações que se chegou até o empresário. Ele recebeu o sinal positivo que o carro havia sido vendido e logo depois foi registrado o boletim de ocorrência”, explica o delegado Marcelo Nunes.
Ainda de acordo com a polícia, nesse caso o veículo foi vendido por um valor entre R$ 30 mil e R$ 35 mil e o valor do seguro foi de cerca de R$ 65 mil. A partir daí a polícia começou o monitoramento e prendeu o empresário.
Além dele, outras duas pessoas foram identificadas, mas foram ouvidas e liberadas porque estão colaborando com as investigações. A polícia vai ouvir também o suspeito de chefiar a quadrilha. Eles podem responder por formação de quadrilha e estelionato.
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