Planos coletivos por adesão e individuais registraram retração, no mesmo período
No ano de recuperação inicial, lenta e gradual da economia brasileira, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) avaliou os recentes dados sobre números de beneficiários. Os números foram divulgados em janeiro pela ANS. Em comparação ao mesmo mês de 2017, o aumento nesse indicador foi alavancado pelo crescimento de beneficiários de planos coletivos empresariais – mais 333 mil vidas. Na contramão desse crescimento, houve perda de consumidores dos planos coletivos por adesão e de individuais. Essas duas segmentações perderam, respectivamente, 69 mil e 174 mil consumidores, no mesmo período. No fim, o saldo do setor foi positivo em 64 mil vidas ou 0,14%. Ao se comparar com o mês de dezembro de 2017, o crescimento de consumidores de planos de assistência médica foi de 119,5 mil.
Sinais da retomada dos planos de saúde em 2017
“O ano de 2017 apresentou certa estabilidade nos números de beneficiários de planos de saúde. Isso em comparação aos períodos anteriores que registraram evasão acentuada de consumidores em razão da crise econômica. Para efeito de comparação, os planos coletivos empresariais assinalaram, em janeiro, 31,666 milhões de beneficiários contra 31,333 milhões do mesmo mês de 2017. Trata-se de um crescimento tímido. Mesmo pouco, esse aumento é um importante sinal para o setor do que o pior já passou”, destaca Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde.
No ano passado, diversos segmentos da economia brasileira tiveram resultados positivos. A indústria com (4,30%), o comércio (3,30%) e serviços (0,50%). O reflexo dessa recuperação das atividades econômicas contribui para o saldo positivo do segmento. Vale pontuar que os planos coletivos empresariais representam 66% dos vínculos. Eles são responsáveis por impulsionar o crescimento da contratação de planos de saúde. Isso porque as empresas oferecem esse benefício como um diferencial competitivo ao colaborador.
Em janeiro, o setor de Saúde Suplementar registrou 70,4 milhões de beneficiários. Os números são de 47,4 milhões de consumidores de assistência médica privada e 23,0 milhões de clientes de planos exclusivamente odontológicos – mais um ano de crescimento para o segmento odontológico (2,02%). Os planos de saúde registraram 31,6 milhões de planos empresariais; 6,4 milhões de planos coletivos por adesão; e 9,1 milhões de planos individuais.