Companhias de seguros deixam de financiar projetos de carvão

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o carvão é uma das principais causas da poluição do ar, a qual compromete a saúde de 9 em cada 10 pessoas no mundo. Faz sentido, portanto, que as companhias de seguro de vida parem de fomentar essa fonte poluente – e é exatamente isso o que está acontecendo na Europa e no Japão.

Recentemente a Dai-ichi Life Insurance , uma das quatro maiores empresas de seguros do Japão, decidiu não financiar usinas a carvão no exterior – tornando-se a primeira instituição japonesa a fazê-lo. Da mesma forma, a Nippon Life Insurance está considerando restringir o financiamento para usinas de carvão. 

Na Europa, o rol de empresas de seguros que está deixando de fornecer cobertura de seguro para a construção e operação de minas de carvão e usinas a carvão passa a incluir a Allianz, que também fez o anúncio recentemente, junto com AXA, Zurich e SCOR.  A Allianz já havia optado por desinvestir de empresas de carvão.

Energia do carvão abastece 40% de geração de eletricidade

O carvão fornece um terço de toda a energia utilizada mundialmente e representa 40% da geração de eletricidade.  Os principais consumidores são China, Índia, Estados Unidos e União Europeia.  O Banco Mundial acredita que essa fonte de energia sofrerá  um declínio dramático nos próximos 30 anos.  Por trás dessa transição está o esforço global para combater as mudanças climáticas: a queima de carvão para gerar energia é uma das principais fontes dos gases de efeito estufa.  É também uma das principais causas da poluição do ar que, segundo a Organização Mundial de Saúde, causa doenças como acidente vascular cerebral, doença cardíaca, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções respiratórias, incluindo pneumonia.