Epidemias como o coronavírus podem não estar cobertas pelo seguro

Verificar especificidades da apólice sempre é o melhor caminho, apontam especialistas

Neste final de semana passou de 800 o número de vítimas em decorrência da epidemia do novo coronavírus – a maior parte delas na China, epicentro de disseminação da doença. A crise afetou todos os aspectos da vida na região, com impactos diretos nas finanças – por exemplo. O feriado do Ano Novo Chinês foi prolongado e as negociações no mercado de valores do País chegaram a ser interrompidas por alguns dias. Apesar disso, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgiva, declarou recentemente que ainda é cedo para avaliar o impacto econômico do surto do novo coronavírus. A especialista comparou a situação com a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) – que aconteceu entre 2002 e 2003 – que desacelerou o crescimento chinês apenas em curto prazo.

A agência de classificação de riscos Standard & Poor’s estima que a atual conjuntura deve afetar significativamente o resultado de diversos segmentos – para o setor de seguros não deve ser diferente. Entre os motivos, segundo a S&P estão os temores do mercado financeiro e a própria desaceleração do consumo.

Para o consumidor de seguros também fica o alerta de sempre contar com a assessoria de um corretor profissional para saber a real dimensão dos riscos. Casos como a crise do novo coronavírus podem ser enquadrados em epidemias – situações que quase sempre estão nas cláusulas de riscos excluídos das apólices de seguro. Para diversos especialistas consultados pela Revista Seguro Total a obtenção de indenização em situações como essa são muito improváveis. O ideal é que, em casos de viagens canceladas – por exemplo -, procure-se as operadoras de cartões de crédito ou turismo para efetuar a solicitação de reembolso.

Como evitar a proliferação do novo coronavírus

Entre os principais sintomas do novo coronavírus estão os sinais relacionados aos pulmões como tosse, falta de ar, dificuldade para respirar, além de febre, diarreia, problemas gástricos e em situações mais agravadas insuficiência renal e pneumonia. Quem passou pelo território chinês e apresenta alguns destes sintomas deve imediatamente procurar atendimento médico.

A melhor maneira de evitar a contaminação do vírus, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é através de práticas simples de higiene – como lavar as mãos com água e sabão e cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável ao tossir ou espirrar. Também é recomendável evitar aglomerações e deixar ambientes fechados. Já o Ministério da Saúde recomenda que os viajantes evitem turismo na China. É indicado que apenas viagens de extrema necessidade aconteçam até que ocorra a contenção da doença.