CNseg afirma ter sido surpreendida por índice de reclamações da Susep

CNseg afirma ter sido surpreendida por índice de reclamações da Susep

Confederação emitiu nota em relação à iniciativa da autarquia máxima do setor de seguros 

Sabemi

A Confederação Nacional das Seguradoras, entidade representativa do setor segurador, afirmou em nota ter sido surpreendida com a divulgação do índice de reclamações do setor de seguros. Segundo a CNseg, tem sido uma boa prática dos órgãos reguladores submeter previamente normas e divulgação de estatísticas à consulta pública, o que não ocorreu neste caso.

“Para prestar bom serviço ao consumidor, é necessário esclarecer sobre quais reclamações foram julgadas procedentes ou não. A simples divulgação das reclamações totais encaminhadas à Susep não separa aquelas consideradas procedentes das improcedentes. Tome-se como exemplo as reclamações junto à ANS nas quais grande parte se refere à contestação de reajuste, inclusive os autorizados pela própria Agência, que assim divulga as demandas”, explicou a Confederação.

Entenda mais: Susep passa a divulgar índice de reclamações do setor de seguros

E segue: “Ademais, colocar em geral estatísticas agregadas sem discriminá-las por ramo de atividade em nada ajuda o consumidor, por serem muitos os produtos comercializados pelas seguradoras, que têm proporções diferentes deles em suas carteiras. Em conclusão, o índice não auxilia minimamente o consumidor a ter mais poder de escolha ou de analisar o perfil das empresas, nem a qualidade do atendimento que prestam em cada modalidade de seguro. Ao contrário, o índice a ser publicado representa lamentável dano à imagem do setor segurador”.

Ainda segundo a Confederação, “um levantamento mais útil para os consumidores é o realizado pela CNseg com uma amostra representativa de 70% do setor, verificando que apenas 0,24% do total de demandas tratadas pelas ouvidorias das seguradoras converteram-se em reclamações qualificadas na Susep, o chamado Procedimento de Atendimento ao Consumidor (PAC)”.

Dos PACs registrados, por sua vez, apenas 25% geraram procedimentos sancionadores pela Susep, ou seja, apenas ¼ apresentavam indícios efetivos de irregularidade no atendimento ou violação às normas do setor.