Uso inadequado de planos de saúde é um dos grandes desafios das operadoras
O uso inadequado dos planos de saúde é um dos grandes desafios a serem enfrentados pelas operadoras. Sem saber exatamente o canal de atendimento que devem seguir, as pessoas acabam optando pela emergência, gerando filas e desperdício de recursos. Afinal, como lidar com esse problema? Um primeiro passo pode ser adotar o Ligue Saúde, uma solução da Sharecare que reduz significativamente esse tipo de atendimento desnecessário. Quer saber como ele funciona? Então, confira o conteúdo a seguir, fruto de uma conversa muito elucidativa com Carlos Canhas, o gerente do Ligue Saúde.
O que é o Ligue Saúde?
Lançado no Brasil em maio de 2018, o programa Ligue Saúde é uma central de atendimento 24 horas. Como explica Carlos Canhas, ele foi criado “para orientar sobre qualquer dúvida medicamentosa, de saúde e, principalmente, em situações de urgência e emergência“. Nesse caso, o objetivo é identificar se a pessoa está em situação de crise e precisa realmente de um atendimento no pronto-socorro (PS). Assim, o programa otimiza a comunicação entre pacientes e enfermeiros, reduzindo eventuais riscos em atendimentos presenciais.
Na prática, em vez de precisar ir diretamente ao hospital ou à clínica, a pessoa faz uma ligação e, sem sair de casa, pode encontrar a solução do problema. No Brasil, por exemplo, o hábito de ir ao pronto-socorro sem uma necessidade real gera um impacto significativo nos serviços, como mostra essa pesquisa. Além de criar filas, aumenta o custo e o próprio risco de exposição a outras doenças no ambiente hospitalar. O programa é um sucesso. “Em média, temos 3.200 ligações por mês“, explica o gerente do Ligue Saúde. “Penso que o futuro é que esse tipo de serviço seja mais procurado e cresça bastante”, complementa.
Como funciona o Ligue Saúde?
Se a ideia é bem simples (atendimento otimizado por telefone), a Sharecare trabalhou para que o serviço se tornasse ainda mais eficiente. A equipe de atendimento é formada por enfermeiros e médicos, a fim de garantir que os encaminhamentos sejam feitos com base em um conhecimento aprofundado dos riscos envolvidos.
O beneficiário pode tirar até mesmo dúvidas administrativas, ainda que a principal procura seja para questões de saúde. “Se for questão de urgência e emergência, ele é transferido para um médico“, explica Carlos Canhas. O médico pode indicar “medicação para a pessoa tomar em casa”, por exemplo, “ou algum outro tratamento que não precise que ela realize deslocamento”.
Se o caso for mais grave, o médico pode até mesmo enviar uma ambulância para a casa do beneficiário, evitando que ele precise se colocar em risco no trajeto. “A ambulância conta com um socorrista que, se necessário, pode medicar e orientar o paciente”. O foco é garantir o melhor serviço possível à pessoa. “Se realmente não tiver jeito, aí ela vai ser conduzida ao PS de ambulância”, completa o gerente do programa.
É importante ressaltar que a privacidade dos dados do paciente é totalmente preservada. O único acesso permitido é por parte das equipes médicas, com o objetivo de atendê-lo com qualidade. Do ponto de vista da operadora, por exemplo, quaisquer dados levantados pelo Ligue Saúde são apenas estatísticos, considerando a população como um todo.
Quais são os principais benefícios do Ligue Saúde?
Os números demonstram o tamanho do sucesso do Ligue Saúde em todo o mundo: são mais de 12 milhões de chamadas por ano. O primeiro benefício é a melhora do atendimento e da própria saúde das pessoas. Com a possibilidade de receber orientações de enfermeiros e médicos com tanta facilidade, elas contam com as informações necessárias para melhorar o autocuidado nos quesitos de saúde e bem-estar.
Se um caso iniciado pelo Ligue Saúde é tratado com uma internação, por exemplo, após a desospitalização o programa faz um follow-up de até 72 horas para garantir que o paciente está seguindo as orientações médicas. Consequentemente, há uma redução expressiva da taxa de reinternações.
Isso também gera uma redução de custos valiosa para a operadora. Os serviços ganham em qualidade e o investimento feito é bem aproveitado, evitando o desperdício causado pela ida desnecessária ao PS.
Para exemplificar, Carlos Canhas conta que “uma cefaleia”, termo técnico para dor de cabeça, “pode ser resolvida com tranquilidade em casa; é um atendimento muito mais rápido que no pronto-socorro e também evita que esses centros fiquem lotados”. Assim, a emergência pode focar no que realmente exige os recursos que só ela tem a oferecer. “Nossas ligações são 100% atendidas”, ele complementa. Se os consultores estiverem ocupados, “a ligação é direcionada para um call-back”, um sistema que reconecta a pessoa com o próximo atendente disponível. “Assim, nenhuma ligação escapa”, conclui.
A quem se destina o Ligue Saúde?
O Ligue Saúde é uma das soluções oferecidas pela Sharecare. Isso significa que uma operadora de planos de saúde pode contratá-lo para oferecê-lo aos seus beneficiários. Em outras palavras, é um serviço que pode ser contratado de forma independente. No entanto, um dos diferenciais que se destacam é que o Ligue Saúde pode ser integrado a uma plataforma de soluções que promove resultados positivos em diversos níveis. Um bom exemplo é a enfermeira virtual Sara, o chatbot que tira dúvidas no ambiente digital e pode direcionar a pessoa para o atendimento pelo Ligue Saúde.