Crise do coronavírus e crise política envolvendo Moro afetou Ibovespa e fez dólar disparar
A demissão de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, teve impacto direto nas ações financeiras nesta sexta-feira (24). A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, chegou a recuar 9,58% e fechou em queda de 5,45%. O dólar atingiu seu mais novo recorde nominal, chegando a R$ 5,74 e fechou em R$ 5,66.
“É a pior queda diária do Ibovespa desde o dia 18 de março, quando o índice caiu 10,38% e atingiu seu último circuit breaker. Esta situação foi consequência da classificação do coronavírus como pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e da decretação de quarentena em diversas regiões do país”, explica Bernardo Pascowitch, especialista em investimentos e fundador do Yubb, maior buscador de investimentos do País (Foto/Reprodução).
Para Pascowitch, o setor econômico vive um período de instabilidade, ocasionado tanto pela crise originada na saúde com o coronavírus, quanto pelas movimentações políticas do Governo Federal. “É importante ponderar que atravessamos uma situação de volatilidade muito alta. O cenário tem piorado e pode piorar muito mais antes de melhorar e, sabendo disso, o investidor tem que estar preparado para ver seu dinheiro ser desvalorizado antes de voltar a ser valorizado. O que eu indico para todo mundo é: invista somente aquele dinheiro que você pode perder, aquele dinheiro que, eventualmente perdendo, não vai fazer falta”.
O especialista explica, complementando: “Isso significa que você vai perder este dinheiro? Provavelmente não. Se focar em grandes empresas e a longo prazo, por mais que caia e tenha uma desvalorização, você não vai perder dinheiro, no futuro vai recuperá-lo”.
