Mapfre tem lucro de 18% no Brasil durante o primeiro trimestre de 2020

Reflexos da pandemia do novo coronavírus foram limitados nos resultados da companhia no período

A Mapfre Brasil apresentou lucro de € 29 milhões (cerca de R$ 174 milhões) durante os três primeiros meses de 2020. O crescimento, estimado em 18%, não foi amplamente impactado pela pandemia do novo coronavírus, que começou a avançar de forma mais intensa no país a partir da segunda quinzena de março.

Apesar no número positivo, a depreciação em 16,3% da moeda nacional frente ao euro, impactou nos prêmios da companhia, que recuou em 13%, totalizando € 838 milhões – ou mais de R$ 5 bilhões. Já a taxa combinada melhorou 0,4 pontos, passando para 95%, o que mostra a resiliência do negócio no país.

Para Fernando Pérez-Serrabona, CEO da Mapfre Brasil (Foto/Reprodução), os números reforçam a importância da participação brasileira nos resultados globais da companhia. “O Brasil é o segundo maior mercado da Mapfre fora da Espanha e tem grande potencial de crescimento do setor de seguros. Mesmo em momentos de crise, demonstramos nossa capacidade de transformação e nossa solidez, devolvendo aos nossos clientes e à sociedade a confiança que eles nos depositam”, pontua.

Mapfre no mundo

De forma global, o lucro líquido da Mapfre durante os três primeiros meses deste ano, ficou em € 127 milhões, uma redução de 32% em comparação ao registrado no mesmo período de 2019. Fatores climáticos severos, como um terremoto em Porto Rico e uma tempestade na Espanha, afetaram esse resultado em aproximadamente € 68 milhões.

As moedas dos países emergentes também tiveram um impacto negativo, diminuindo em mais de € 6 milhões o resultado líquido. Se excluirmos as consequências destes eventos catastróficos, o resultado ajustado estaria em 190 milhões de euros, com um crescimento superior a 3%.

As receitas da Mapfre tiveram queda de 4,5% e ficaram em € 7,3 bilhões, em relação aos meses janeiro a março de 2019. Os prêmios tiveram uma redução de 4,7%, ou aproximadamente € 6,1 bilhões. Essa redução é explicada, fundamentalmente, pela depreciação das principais moedas da América Latina e da lira turca (12%). De fato, a taxas constantes, a diminuição das receitas e dos prêmios teria sido 1,6% e 1,5%, respectivamente.