Entidade reuniu a imprensa do mercado para informar sobre diversas resoluções para o ano de 2020, entre elas a posição perante as decisões da Susep
O evento ocorreu na tarde desta quinta-feira, 28 de maio, e contou com a presença de Alexandre Camillo, Presidente do Sincor-SP e Armando Vergilio, Presidente da Fenacor. A imprensa especializada do mercado esteve presente, de forma online, e participou do bate papo.
O assunto mais questionado foram as ações da Superintendente da Susep, Solange Vieira. Para Camillo, a atual gestão da Susep deixou de cumprir missões essenciais da categoria. “É fomentar o desenvolvimento do mercado, mediante a estabilidade dos seus agentes”, relata.
Para ele, diversas ações da entidade causaram revoltas aos corretores de seguros. “Em encontro de resseguro, promovido pela CNseg, a Superintendente disse que nosso mercado era retrogrado, e em comparado ao resto do mundo tinha muito o que caminhar”, explica.
“No Congresso nacional, ela veio a publico dizer que os corretores estavam maduros para se autorregular”, relembrou Camillo. “Fomos na Susep conversar com ela, para evoluir sobre o que havia sido dito. Na reunião, parecia aquele entre o bêbado e o delegado, um olhando para a cara do outro sem entender nada”, contou Camillo.
Para Armando Vergílio, a reação das entidades do mercado foi importante. “Fácil entender hoje, muito mais que algum tempo atrás, a importância estratégia que os corretores de seguros têm. Nosso caso quem está segurando a onda do mercado? Os corretores”, opinou.
Para Vergilio, cabe aos representantes das entidades do mercado de seguros defender a categoria. Sobre as escolhas de Solange Vieira ao cargo na Susep, o Presidente do Fenacor foi enfático, “ninguém chega na Susep que não seja por escolha política”.
Ele ainda relembrou que o desejo da atual Superintendente era assumir algum cargo no BNDES. “Ela não chegou por requisito ou conhecimento técnico, ela não entende absolutamente nada de seguros”, diz. “Ela mentiu lá no governo em Brasília, disse que tudo tinha sido combinado com a gente. Ela é mentirosa”, expõe.
Vergilio ainda relembrou sobre a “briga” do recadastramento. A Susep informou que todos os corretores deveriam atualizar os dados junto a entidade, mas depois repassou a tarefa ao Ibracor.
Politização
Quando questionados se havia alguma planejamento politico para acabar com a profissão do corretor, Vergilio disse que, acredita que sim, há interferências. “Ela disse em uma conversa que tudo que ia fazer consultava o banco do brasil. Já foi vista inúmeras vezes com o presidente do Banco do Brasil e da Caixa Econômica”, relatou.
Já para o Presidente do Sincor-SP, o assunto está sendo politizado e que esse caminho é sempre perigoso. “Não é nós contra eles, no ambiente político não tem inimigos, tem opiniões diferentes”, explica.
Eventos Cancelados
Camillo disse ainda sobre o cancelamento do Conec, e que o Sincor-SP está buscando meios de realização online. “Foi cogitado a possibilidade de adiar para dezembro, mas que não se sabe como as pessoas irão reagir após finalizar a pandemia”, esclarece.
“Estamos tentando realizar um evento digital, conectando corretores de seguros. Não temos a formatação do evento, mas é fato que realizaremos esse Sincor digital, até para fazer frente aos apoios e patrocínios”, informa Camillo.
Novo Normal
Se adaptando ao chamado ‘novo normal’, o Sincor-SP digitalizou todas as 30 regionais. Segundo Camillo, o projeto já estava em andamento desde 2019. “Em decorrência da pandemia, decidimos desmobilizar mais 20 regionais online”, contou.
A decisão partiu após a entidade começar a perder receitas e o fato de ter uma sociedade totalmente diferente, fez com que os processos fossem acelerados. “Atentos a isso, entendemos que precisávamos fazer um movimento para prover o corretor de seguros” compartilhou.
“Prevemos uma reforma na nossa sede, estaremos mais enxutos, porém mais eficientes. Ocupávamos quatro conjuntos em um prédio na Libero Badaró e, passaremos a ocupar apenas dois, finalizou.