Rio e Espírito Santo representam 11% do mercado nacional de seguros

Dado foi divulgado durante transmissão com presidentes de sindicatos regionais da categoria

O presidente do Sindicato das Seguradoras RJ/ES, Antonio Carlos Costa, participou na última semana, dia 10 de junho, de encontro da série “CNseg Webinars” para debater com os representantes de RS, SC, PR e MS os impactos da pandemia de Covid-19 nos mercados regionais. Os presidentes dos sindicatos apresentaram o panorama local nos estados de atuação e a mediação ficou com Marcio Coriolano, presidente da CNseg e diretor-presidente da Fenaseg. O conteúdo da live está disponibilizado no YouTube Canal Seguro, da CNseg.

Coriolano destacou que o setor de seguros é uma parcela muito importante do PIB brasileiro e que o mercado sofreu com queda de 21% de março para abril de 2020 e de 26% em comparação com o mesmo período do ano passado. “Por conta da pandemia vamos ter um segundo semestre muito difícil, mas o setor de seguros é resiliente. Ao mesmo tempo, a situação trouxe um sentimento muito mais forte na população de prevenção contra riscos”, comentou o presidente da CNseg.

Antonio Carlos Costa concorda com Coriolano que a pandemia aumentou nas pessoas a necessidade de buscar proteção sob todos os aspectos, seja para patrimônio, renda, responsabilidades, assistência médica e hospitalar, planos de acumulação ou os riscos de empreender. As seguradoras que atuam no Rio de Janeiro e Espírito Santo estão focadas em manter seus negócios e apostam no aumento dos índices de renovação para compensar a queda de arrecadação que veio com a pandemia.

Divulgação
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Números do setor no RJ e ES

A área de atuação do SindSeg RJ/ES representa 11,4% do mercado nacional, com o Rio somando 10% e o Espírito Santo 1,4%. No primeiro trimestre de 2020, o RJ apresentou crescimento de 1,7% e o ES de 8,7%. Segundo o presidente do Sindicato, os estados iniciaram o ano de 2020 em situações bem diferentes, mas foram igualmente afetados pela pandemia. Na economia, o Rio estava em estágio de recuperação depois de uma longa crise iniciada em 2015. Já o Espírito Santo iniciava o ano com grandes expectativas e possibilidade de crescimento superior à média nacional, podendo atingir até 3¨%.

Em abril, primeiro mês completo de isolamento social, a queda no RJ foi de 20% (comparado a março) e de 26% em relação ao mesmo período de 2019. No ES o movimento também foi de queda: de 18% (comparado a março) e de 30% em relação ao ano anterior.

Um dos seguros mais afetados pela pandemia foi o de automóvel, com quedas de 6,4% e 4,5% no RJ e ES, respectivamente, em prêmios. “As seguradoras e corretores estão focados nas renovações, já que seguros novos estão com a demanda muito baixa, consequência direta da queda nas vendas de veículos no período. Se, por um lado, o seguro de automóvel não tem grandes perspectivas de crescimento, vamos compensar com outros produtos atendendo o aumento da demanda da população por proteção”, explicou Antonio Carlos Costa.

A aposta de Antonio Carlos para o futuro é nos seguros de vida, invalidez, saúde e residenciais. Nos seguros de vida, começa uma demanda por serviços de telemedicina, que várias seguradoras já estão oferecendo com êxito. Antonio Carlos aposta ainda no aumento da demanda de seguros de crédito, como fiança locatícia, seguro de viagem, interrupção de negócios (com cobertura específica para amparar perdas decorrentes de pandemias), D&O, garantia judicial, riscos cibernéticos e “no show”.