Atendimento a distância é praticado por quase metade dos médicos durante pandemia

Números são de pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina com 2.808 profissionais, entre os dias 15 e 25 de maio, pela ferramenta SurveyMonkey

Dentre os pesquisados que estão realizando atendimentos remotos, 32% fazem apenas teleorientação, 24% realizam teleconsulta apenas com pacientes que já mantinham e 23,3% teleconsulta para pacientes novos e antigos.

Outros 9,7% relatam praticar somente telemonitoramento, 6,7% estão fazendo teleconsultas com pacientes suspeitos ou confirmados de covid-19 e 4,3% optam pela teleinterconsulta – quando há um médico em cada ponta do contato.

O número de médicos realizando teleconsulta tem avançado conforme a necessidade se estabelece diante da pandemia. Em abril, quando a APM realizou a primeira pesquisa sobre o tema, o índice de atendimentos a distância para pacientes novos e antigos era de 19,7% e, para suspeitos ou confirmados de Covid-19, 2,8%.

Ferramentas

No levantamento de maio, 12,7% dos participantes indicaram que realizam os atendimentos a distância por meio de plataformas específicas para a Telemedicina. O uso de WhatsApp, apesar de continuar alto, apresentou queda entre abril e maio, de 69% para 62%.

Na nova pesquisa, as demais ferramentas mais apontadas foram telefone (34%), e-mail (17,1%), Zoom (12,5%), Skype (8,7%) e SMS (4,3%). Estes números, em abril, eram respectivamente de: 35,3%, 18,3%, 9,9%, 10,4% e 4,6%.

Quando questionados sobre capacitação, 89,7% dos médicos indicaram que não realizaram nenhum treinamento específico para utilizar a Telemedicina – número praticamente igual ao de abril, que era de 90%.

Por outro lado, há outros sinais de evolução quando o tema são certificações digitais. Atualmente, 28,8% dos médicos indicam possuir Certificado Digital. Essa ferramenta é necessária para que a emissão de atestados médicos a distância seja válida em meio eletrônico. A regra é disciplinada tanto pelo Ministério da Saúde, quanto pelo Executivo. Em abril, este índice era de 25%.

Àquela altura, somente 15% dos médicos faziam uso de prescrições eletrônicas que possibilitam que os pacientes obtenham os medicamentos na farmácia sem utilizar papel. Nesta nova pesquisa, este número aumentou para 19,5%.

Confira o levantamento completo aqui.