Mais do que a liberação da sua prática no país, seu legado vai muito além da sua contribuição no combate à pandemia
Nesta quinta-feira, 15 de abril, a chamada ‘Lei da Telemedicina’ (Lei nº 13.989/2020) completa um ano de sua implantação no Brasil. Mais do que a liberação da sua prática no país, seu legado vai muito além da sua contribuição no combate à pandemia.
Apesar de não existirem números oficiais – principalmente por ainda não haver uma organização que reúna os diversos players – estima-se que até o mês passado foram realizadas em torno de cinco milhões de consultas à distância em todo país. “Isso demonstra a enorme contribuição da telemedicina, descongestionando as salas de espera e proporcionando conforto aos usuários através da implementação de protocolos modernos de atendimento à saúde”, disse Fernando Ferrari, diretor Geral da DOC24 no Brasil.
Mesmo com os impactos negativos do coronavírus na saúde e na economia, é inegável que a pandemia impulsionou o crescimento desse serviço, acelerando a digitalização dos atendimentos por vídeochamada. Nos EUA, por exemplo, um estudo mostra que atualmente 46% dos americanos usam a telemedicina, contra apenas 11% no ano passado.
Aqui no Brasil, cada vez mais as operadoras de saúde e seguradoras tem investido nessa tecnologia, assim como outros segmentos da indústria e serviços. “Já existem soluções voltadas para escolas e hotéis, por exemplo, onde é possível ajudar na detecção de sintomas iniciais, contribuindo de forma decisiva para a redução no número de infectados”, garante Ferrari.
A prova de que cada vez mais brasileiros estão utilizando os serviços de telemedicina vem de uma pesquisa realizada pela Capterra, plataforma de busca e comparação de softwares. Ao ouvir 1004 pessoas em todo o Brasil, o levantamento concluiu que 55% dos entrevistados já utilizaram serviços de consulta médica à distância, sendo que 46% deles pretendem seguir utilizando esse modelo, mesmo após o fim da pandemia.
“Pela nossa experiência, em mais de 80% dos casos a gente consegue fazer o primeiro atendimento e encaminhar o paciente para realizar exames, por exemplo, sem a necessidade de uma consulta presencial. Esse índice confirma a importância da telemedicina não apenas para atender casos em cidades pequenas, onde muitas vezes não existe um médico próximo; mas também nos grandes centros, onde a dificuldade de se locomover de um lugar para outro e a aglomeração do transporte público geram outros problemas. Então, acredito que essa inovação é algo que veio para ficar”, concluiu.