Em colaboração com a BMG Seguros, evento teve a participação de importantes atores do cenário de regulação do país e do exterior
Com o propósito de promover a transformação da Indústria de Seguros no Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou nesta quinta-feira (13) o Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros, em colaboração com a BMG Seguros, entre outras entidades.
O evento teve a participação de importantes atores do cenário de regulação do país e do exterior. Na apresentação, a mediadora Goret Paulo, Diretora da Rede de Pesquisa e Conhecimento Aplicado da FGV, fez uma introdução, explicando os objetivos da nova plataforma.
“A Fundação está lançando o Instituto como parte do incentivo as suas pesquisas na área de ciências sociais e humanas. Hoje a FGV é o terceiro o think tank mais importante do mundo e o décimo na produção de pesquisa aplicada com impacto nas politicas públicas”, disse Goret. “Dentro das pesquisas que produzimos, destacamos aquelas voltas para contribuir com o desenvolvimento sustentável: erradicação da pobreza, saúde e bem-estar, redução das desigualdades, trabalho decente e crescimento econômico, educação de qualidade, produção e consumo responsáveis, e cidade e comunidades sustentáveis”, continuou.
De acordo com ela, “o Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros da FGV trabalhará para contribuir de forma significativa para o crescimento e desenvolvimento econômico-social do país, em linha com a missão da fundação”, completou.
Jorge Sant’Anna, diretor-presidente da BMG Seguros e conselheiro do IISR, disse que a ideia deste instituto nasceu no ano passado, durante diversos webinares com a FGV. “Foi onde percebemos uma grande necessidade de discussão mais profunda sobre diversos temas ligados aos seguros.”
O executivo chamou a atenção para a necessidade das garantias no atual momento do país. “O seguro, que não era necessário nos primeiros ‘surtos’ que tivemos no setor de infraestrutura, hoje se mostra essencial diante da quantidade de obras paradas que vemos. Então a gente precisa de todo o tipo de inovação, ou de uma invenção que consiga suprir essas necessidades”, comentou. “Está claro que passamos passando por uma revolução no modelo de infraestrutura no país, mas não temos uma revolução no modelo de garantias que suportem este financiamento. Existe uma priorização do mercado que financia estes investimentos, mas ainda se tem uma expectativa de melhorias no setor de garantias”, disse.
Segundo ele, a modernização é de extrema importância para a sobrevivência das empresas de seguros no país. “No Brasil, o mercado de seguros é tão conservador que o órgão regulatório conseguiu ser mais inovador do que as empresas. Por um lado isto é muito bom, mas por outro, é assustador. As modalidades do Open Insurance e o SRO estão chegando e o PIX, que embora esteja no setor de pagamentos, impacta diretamente na democratização do setor de coberturas. Então, não se pode mais ser tradicional. Não tem mais espaço para isto”, alertou.
Para Sant’Anna, o IISR terá um importante papel de fórum para discussão de novas ideias no setor. “Esse Instituto nasce com um conceito de pluralidade. No comitê gestor é preciso ter esta pluralidade de pensamentos, não só para o mercado de seguros, mas com um conceito de isenção intelectual muito grande. Nem tudo o que virá será unanimidade, mas certamente serão ideias disruptoras, que já são aplicadas em diversas partes do mundo e que podermos trazer para o mercado local. Será uma longa jornada, que vai exigir persistência de quem quer mudar. Estou muito satisfeito com o que estamos fazendo hoje. Parabéns aos envolvidos”, completou.
Além de Sant’Anna, participaram do evento Carlos Ivan Simonsen Leal – presidente da FGV; Solange Vieira – Superintendente da Susep; Otávio Damaso – Diretor de Regulação do Banco Central do Brasil; Cassio Gama Amaral (Mattos Filho); Antônio Cássio (IRB); Gesner Oliveira (FGV); Franziska Arnold-Dwyer (Queen Mary).