Eventos do dia e a reconvocação de Pazuello a CPI da Covid

Eventos do dia e a reconvocação de Pazuello a CPI da Covid

Fonte: Bom dia Mercado, análise e notícias por Rosa Riscala e Mariana Ciscato


A fila anda

Sabemi

Lira disse que a reforma tributária fatiada deve começar a caminhar no Congresso a partir da próxima semana. No Senado, Pacheco acredita na aprovação das reformas tributária e administrativa este ano.
Ontem, oito meses depois da chegada da reforma administrativa no Congresso, a CCJ da Câmara aprovou, por 39 votos a 26, o relatório do deputado Darci de Matos (PSD-SC), que segue agora para uma comissão especial.
Na sequência, o texto será encaminhado ao plenário da Câmara, onde precisa ser aprovado em dois turnos. Lira quer completar essas fases até o início do segundo semestre e, em seguida, enviar a PEC ao Senado.
A agenda reformista toma algum fôlego, mas ainda em velocidade muito abaixo do que seria desejável.

CPI da Covid

O presidente da Comissão, Omar Aziz, disse que serão aprovados hoje os requerimentos de reconvocação de Pazuello (após a participação em ato político no domingo) e do ministro Queiroga (Saúde).
Aziz promete que, desta vez, as coisas serão diferentes. “As mentiras estão aparecendo. Não sou eu que estou dizendo. Se ele [Pazuello] vier sem habeas corpus, não será igual à outra vez. Não seremos desmoralizados.”
Mas é difícil imaginar que o ex-ministro saia preso; o risco mais imediato da CPI ao governo já parece superado.
Firme nos propósitos, porém, Aziz afirma que a CPI dará ainda sinal verde para a convocação do ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub por suposta participação no comando do “ministério paralelo” da Saúde.
Além do segundo escalão da Saúde, a cúpula deve oficializar hoje a convocação de nove governadores para prestarem depoimento: do Amazonas, Rio, Amapá, DF, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
Integrante da tropa de choque governista, o senador Marcos Rogério, quer a convocação dos governadores da Bahia, Rui Costa (PT), e de São Paulo, João Doria (PSDB), desafetos do presidente Bolsonaro.

Mais agenda

Campos Neto volta a falar hoje (17h), em live do canal MyNews, depois de não ter descartado ontem o ajuste completo da política monetária, no caso de as pressões inflacionárias exigirem mais do Copom.

O ritmo da retomada econômica, que já lança apostas de PIB de 5% este ano, será testado hoje pelos dados de emprego do Caged em abril (12h). O Brasil deve ter gerado vagas formais de emprego pelo quarto mês consecutivo.

Ainda que o resultado deva desacelerar contra março (184.140), a mediana em pesquisa Broadcast aponta para a abertura de 161.440 postos de trabalho, com o intervalo das apostas variando de 40.000 até 220.000 vagas.

O câmbio confere os dados em c/c de abril (9h30), que devem ser beneficiados pelo salto das commodities e força das exportações. A previsão é de superávit de US$ 6,250 bilhões, contra déficit de US$ 3,970 bilhões em março.

As estimativas variam de déficit de US$ 3,735 bilhões a superávit de US$ 8,000 bilhões. Quanto ao Investimento Direto no País (IDP), o intervalo para abril vai de US$ 2,838 bilhões a US$ 5,500 bilhões, com mediana de US$ 5 bi.

O resultado é próximo da expectativa do BC (US$ 4,900 bilhões), mas inferior a março (US$ 6,864 bilhões).

O BC oferta até US$ 750 mi em swap para rolagem (11h30) e até R$ 4 bi em compromissadas de 3 meses (12h). O Tesouro divulga, às 14h30, o relatório mensal da dívida de abril e a revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF).