IRB Brasil RE melhora resultado e desempenho operacional

IRB Brasil RE melhora resultado e desempenho operacional

Números do segundo trimestre indicam evolução em diferentes indicadores operacionais na comparação com o mesmo período de 2020

Sabemi

O IRB Brasil RE divulgou, nesta segunda-feira (16/08), os resultados da companhia referentes ao segundo trimestre deste ano. O ressegurador apurou no período prejuízo líquido de R$ 206,9 milhões, o que indica melhora em relação ao mesmo período de 2020, quando reportou prejuízo de R$ 656,7 milhões. Nos primeiros seis meses de 2021, a melhora foi ainda maior e totalizou R$ 465 milhões, com prejuízo líquido de R$ 156,1 milhões, ante perdas de R$ 621,7 milhões no ano anterior.

O resultado do 2T21 foi impactado pela conjuntura econômica que afetou globalmente o setor de resseguros, bem como por sinistros decorrentes de negócios descontinuados (run-off), com efeito de R$ 190,3 milhões, e por eventos não recorrentes (one-offs) de R$ 14,4 milhões. A partir da exclusão de tais efeitos, run-off e one-off, o IRB teria apresentado um prejuízo líquido normalizado bem menor: R$ 31 milhões no 2T21. Já no 1S21, com a retirada dos contratos deficitários e dos efeitos não-recorrentes do resultado, a companhia teria registrado um lucro líquido normalizado de R$ 57,1 milhões.

No 2T21, a companhia obteve resultado de subscrição superior ao verificado no 2T20 em quase R$ 700 milhões, reforçando a curva de melhora nos resultados esperada para este ano. Se excluirmos os efeitos do run-off no período avaliado, a melhora no resultado de underwriting é de R$ 889 milhões.

Queda na sinistralidade

O índice de sinistralidade da companhia no 2T21 apresentou uma redução importante de 39,6 p.p, ante o mesmo trimestre do ano anterior, passando de 135,3% para 95,7%. Excluindo-se os sinistros dos negócios descontinuados (run-off), o índice foi 84,7%.

“Seguimos evoluindo para uma operação mais enxuta, eficiente e orientada ao cliente, aprimorando controles e a gestão de riscos para assegurar nossa liderança e a sustentabilidade econômico-financeira no longo prazo. Se olharmos o filme dos resultados no último ano e meio, constatamos uma melhora significativa no desempenho financeiro e operacional, que deve se acentuar nos próximos trimestres, por meio da captura de novas oportunidades no mercado, da redução gradual dos efeitos dos contratos deficitários e da obtenção de melhores margens com os negócios renovados”, explica o CEO interino e COO do IRB Brasil RE, Wilson Toneto.

 

Prêmio emitido no Brasil cresce

No 2T21, o volume total de prêmios emitidos pelo IRB apresentou redução de 15,1% quando comparado com o mesmo período de 2020, totalizando R$ 2,16 bilhões. O prêmio emitido no Brasil correspondeu a R$ 1,24 bilhão no 2T21, aumento de 6,6% na comparação com o 2T20, decorrente do maior volume nas linhas de Vida (+42,9%), Rural (+34%) e outros (+34,5%). Este acréscimo foi parcialmente compensado pela redução de 50,6% no segmento Aviação, em virtude de ajustes decorrentes da descontinuidade de contratos, e pela queda de 21,6% no segmento Patrimonial. Já os prêmios emitidos no exterior totalizaram R$ 919,3 milhões no 2T21, o que representou redução de 33,3% em relação ao 2T20. Esta diminuição, que em moeda constante totalizou 46%, está em linha com a estratégia de re-underwriting amplamente divulgada pela companhia e decorre do menor volume de prêmios emitidos nas linhas de Vida (-54,2%), Rural (-59,6%) e outros (-29,7%).

Caixa operacional atinge maior patamar

O vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores do IRB Brasil RE, Werner Süffert, destaca também a melhora no fluxo de caixa. “A companhia, pelo quarto trimestre consecutivo, apresentou uma geração de caixa operacional positiva. No semestre foram R$ 528 milhões e no trimestre R$ 352 milhões, o maior patamar da série histórica desde o início do ano passado”, explica ele.

O executivo destaca ainda a redução das despesas totais com retrocessão no 2T21, que tiveram uma queda de 31,6% na comparação com o 2T20, passando de R$ 833 milhões no 2T20 para R$ 570 milhões no 2T21. Já o índice de retrocessão caiu de 32,8% no 2T20 para 26,4% no 2T21, uma diminuição de 6,4 p.p. “É importante ressaltar que houve uma melhora significativa em todos os indicadores em relação a 2020 e que o segundo trimestre de 2021 ainda veio bastante afetado pelos negócios descontinuados a partir de julho do ano passado. Este efeito, porém, começa a perder força, enquanto os prêmios dos contratos mantidos e dos novos vão melhorando o resultado. Em resumo, a tendência é positiva”, diz Süffert.

 

Solidez e solvência regulatória

O IRB registrou, ao fim do segundo trimestre de 2021, excesso de capital regulatório de R$ 1,2 bilhão, o que equivale a um índice de solvência de 175% (patrimônio líquido ajustado / capital de risco total), ao mesmo tempo em que o índice de solvência total da empresa (geralmente utilizado em outros países) alcança o patamar de 273%. Ambos os indicadores apresentam posições melhores que o último trimestre de 2020.

A companhia encerrou o mesmo período com suficiência no enquadramento da liquidez regulatória de R$ 335,5 milhões, em comparação aos R$ 167,5 milhões verificados em 31 de dezembro de 2020. Excluindo-se a margem adicional de 20% sobre o capital de risco, o ressegurador registrou, em 30 de junho deste ano, uma suficiência de ativos elegíveis para garantia das provisões técnicas de R$ 644,1 milhões, em comparação a de R$ 542,6 milhões, em 31 de dezembro de 2020. Os índices se mantiveram positivos no trimestre e mostraram reversão da insuficiência observada ao longo do ano passado.

Ainda no campo regulatório, a publicação pela Susep, em julho, da Circular 634, que regulamentou a Resolução CNSP 412, abrirá novas perspectivas às resseguradoras no Brasil. A partir deste mês, o regulador permitirá a utilização de determinados ativos como redutores de provisões técnicas nas garantias das operações internacionais. Além disso, a partir de dezembro deste ano, haverá a eliminação da exigência da margem de liquidez de 20% do capital de risco, o que também é positivo.

O vice-presidente de Riscos, Conformidade e Jurídico do IRB Brasil RE, Carlos Guerra, destaca: “As ações adotadas durante o ano anterior, bem como a maior eficiência nos processos de cobrança, gestão do fluxo de caixa, resultado técnico com efeitos da re-subscrição realizada, e os avanços na regulamentação do setor, permitirão manter a companhia com índices robustos, melhorando nossas securities e dando aos nossos clientes maior nível de tranquilidade quanto à capacidade financeira do IRB”.

Re-underwriting concluído

Considerada a principal ação estrutural iniciada pela companhia, o processo de revisão das condições e cancelamento dos principais contratos deficitários de resseguros existentes, denominado re-underwriting, teve seu início em julho de 2020 e foi concluída em julho deste ano. Foram cancelados 17 grandes contratos, quase que exclusivamente de negócios oriundos do exterior, que seguem impactando os resultados financeiros atuais (negócios descontinuados). O trabalho também gerou ampla limpeza em contratos de menor magnitude com o cancelamento de mais de 160 contas neste período.

“Concluímos parte importante de nosso re-underwriting e, agora, entraremos em um ciclo normal de nossa subscrição. Foi uma fase complexa, mas conseguimos renovar mais de 85% das contas que desejamos manter em nossa carteira, além de conquistar novos negócios, em ambos os casos ajustando termos e condições de forma adequada”, comenta a vice-presidente de Resseguros do IRB Brasil RE, Isabel Blazquez Solano.

Perspectivas

“Temos convicção de que a companhia está no caminho certo. Concluímos ciclo importante de revisão dos negócios, reduzimos a sinistralidade e os custos de retrocessão, geramos consistentemente caixa operacional, aumentamos nossos ativos financeiros totais e evoluímos com nossa governança corporativa e controle de riscos. Soma-se a tudo isso a perspectiva de crescimento de mercado segurador e o provável arrefecimento da pandemia que nos assolou. Por tudo isso posso afirmar que estamos prontos para avançarmos numa fase de consolidação com foco em nossos clientes e na melhora de processos. Temos um caminho desafiador a perseguir, mas certos de que com a revisão de nossa estratégia concluída, as pessoas corretas e a visão de longo prazo desenhada, entregaremos maior valor aos nossos clientes, acionistas e demais stakeholders”, finaliza Toneto.

 

IRB Brasil RE gera R$ 352 milhões de caixa operacional no 2T21

Pelo quarto trimestre consecutivo, o IRB apresentou melhora na geração de caixa operacional. Entre os meses abril e junho, o acumulado da companhia, de R$ 352 milhões, dobrou frente ao trimestre anterior (R$ 176 milhões) e foi cerca de 225% superior se comparado com igual período em 2020 (prejuízo de R$ 282 milhões).

“Outro dado relevante notado, no período trimestral do IRB, foi o avanço da eficiência operacional em custos e qualidades dos serviços que serão potencializados com inovação e novas ferramentas. No segundo trimestre de 2021, o índice de eficiência foi de 5,5% contra 4,3% no mesmo período do ano passado. Já na comparação dos primeiros seis meses, houve crescimento de 4,6% para 6,1%”, afirma Werner Suffert, vice-presidente Executivo Financeiro e de Relações com Investidores.

Para isso, desde o ano passado, nota-se uma tendência de recuperação devido à revisão do portfólio, à descontinuação dos contratos no exterior não lucrativos e ao foco nos negócios rentáveis no Brasil.

Redução da sinistralidade no 2T21

O sinistro retido total do IRB Brasil RE, no segundo trimestre de 2021, foi de R$ 1,658 bilhão, uma redução de 29,1% ante o mesmo período de 2020. A companhia obteve ainda queda da taxa de sinistralidade: de 135,3% para 95,7%, quando comparada com igual período do ano passado. Já na análise comparativa semestral, o recuo foi de 108% para 85%.

“Quanto menor for este índice, melhor, do ponto de vista da eficiência, é o negócio, pois representa a relação dos sinistros ocorridos nas atividades com os prêmios ganhos no período correspondente, impactando o resultado final do desempenho operacional da empresa”, explica o CEO interino e vice-presidente Técnico e de Operações do IRB Brasil RE, Wilson Toneto.

Parte desta melhora nos índices de sinistralidade do IRB acontece em decorrência da estratégia bem-sucedida de reavaliação do portfólio e de manutenção apenas de contratos com margem de risco adequada para a companhia. “Temos observado nos últimos trimestres uma tendência de recuperação deste indicador, fruto de um trabalho contínuo de gestão de riscos e de foco nos negócios rentáveis do IRB no país”, finaliza Toneto.

 

Prêmios emitidos no Brasil e alcança R$ 1,24 bilhão

O IRB Brasil RE registrou R$ 1,24 bilhão em prêmios emitidos no Brasil entre os meses abril e junho. A performance foi quase 7% superior a do mesmo período em 2020, quando a companhia somou R$ 1,16 bilhão. O resultado está em linha com a estratégia da companhia de não renovar os contratos internacionais não lucrativos e focar em oportunidades no país. Os segmentos das atividades nacionais do setor de seguros que mais causaram impacto positivo no resultado do IRN, no segundo trimestre, foram Vida (+42,9%), Rural (+34%) e outros (+34,5%).

A avaliação e limpeza dos contratos no exterior terminou em julho deste ano e a tendência é de que a cada trimestre os resultados sejam menos impactados pelo residual de negócios deficitários. “O nosso foco está concentrado nos principais mercados da América Latina, em particular no Brasil, que reúne boas oportunidades no resseguro que virão por meio do novo marco legal do saneamento, da nova Lei do Gás, do 5G e do seguro para o descomissionamento de plataformas de petróleo”, diz o CEO interino e vice-presidente Técnico e de Operações do IRB Brasil RE, Wilson Toneto.

IRB Brasil RE anuncia pagamento de JCP

Aprovado em Assembleia Geral Extraordinária, o IRB anuncia que o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) de R$ 28,6 milhões será realizado no dia 8 de setembro a fim de honrar seu compromisso com os acionistas. Contudo, a companhia avaliará nova programação para liquidação dos dividendos complementares ao longo do segundo semestre de 2021.

Com relação à recompra de ações, tecnicamente e de forma regulatória, a companhia não tem condições patrimoniais de fazê-la. É impraticável por normas regulatórias”, explica o CEO interino e vice-presidente Técnico e de Operações do IRB Brasil RE, Wilson Toneto.

 

Novas perspectivas até o fim do ano

Com a divulgação dos resultados do 2T21, o IRB Brasil RE concluiu tendência positiva para os próximos meses. “A companhia prevê que, de forma gradual, a performance dos negócios continuados irá se sobrepor aos descontinuados. Além disso, há projeção de redução da sinistralidade e melhora no índice combinado em relação aos patamares atuais”, conta o CEO interino e vice-presidente Técnico e de Operações do IRB Brasil RE, Wilson Toneto

O executivo explica que “há um conjunto de ações a fim de gerar e agregar valores importantes para a companhia nos próximos anos. Contamos com mais de 80 profissionais com business plan que trarão bons frutos à empresa”. Outras boas perspectivas para o ano incluem a redução das despesas de retrocessão em razão da menor exposição internacional e riscos catastróficos, maior representatividade da operação doméstica e na América Latina, manutenção da robustez na solidez regulatória e total, bem como a suficiência de cobertura de provisões técnicas e liquidez regulatória.

Atividades econômicas nacionais que devem gerar boas oportunidades de negócio, como privatizações, concessões e investimentos em infraestrutura, também estão no radar do IRB para que os próximos meses.