Estado de São Paulo tem 50 desmanches de veículos pesados mapeados

Estado de São Paulo tem 50 desmanches de veículos pesados mapeados

Em uma hora um caminhão é completamente desmontado e uma peça ilegal pode custar entre 40% e 50% do valor real.

Somente no Estado de São Paulo, o Comando de Operações do Grupo Tracker, maior empresa de rastreamento e localização de veículos do Brasil, já mapeou 50 desmanches especializados em veículos pesados. Cerca de 70% estão localizados na Grande São Paulo, com destaque para os munícipios de Osasco (8), São Paulo (7) e Guarulhos (4). “Fora colaborar com a recuperação de um caminhão pontualmente, com a descoberta destes locais clandestinos, centenas de outros caminhões, indiretamente, acabam sendo salvos”, afirma o coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Correa.

Uma peça ilegal pode custar entre 40% e 50% do valor real, em um mercado paralelo que, segundo estimativas, movimenta mais de R$ 600 milhões por ano. “Milhares de motoristas e proprietários de caminhões recorrem aos desmanches, fornecendo tacitamente o aval necessário para que estes estabelecimentos continuem a existir, sem nenhuma certeza de que esses consumidores de hoje não sejam as vítimas de amanhã”, ressalta Correa.

Outros fatores também favorecem a infração: penalidades mais brandas, principalmente para furtos; facilidade de encontrar o veículo-alvo e dificuldade das autoridades para descobrir novos locais de desmanche. “Neste sentido, os operativos de rastreamento possuem papel importante, auxiliando a polícia no combate a este crime”. Segundo Vitor Correa, em média, o processo de desmontar um caminhão, separar e embalar as peças de interesse dura em torno de 50 e 80 minutos, dependendo do grau de habilidade e experiência dos profissionais envolvidos.

 

Top 10 – Modelos mais visados

A frequência média mensal de roubos e furtos de caminhões da base de clientes do Grupo Tracker, entre janeiro e julho deste ano, aponta os veículos mais visados pelos bandidos: Scania R440 (0,20%), Hyundai HR (0,20%), Scania G420 (0,12%), Volvo FH460 (0,09%), Mercedes-Benz Atego (0,09%), Scania R124 (0,07%), Iveco Stralis (0,06%), Mercedes-Benz Axor (0,06%), Volvo FH540 (0,04%) e Mercedes-Benz Accelo (0,03%). “Apesar de inferiores às frequências de roubo e furto de automóveis e motos, o valor desses veículos é muito maior, o que representa um grande motivo de preocupação para motoristas e proprietários de caminhões”, afirma Correa.

“As autoridades empregam grandes esforços para descobrir e desmantelar novos locais de desmanche e contam com o apoio e as informações de empresas do setor privado para obter êxito em suas buscas. O Grupo Tracker investe continuamente em inteligência e em tecnologia, a fim de oferecer os melhores serviços de rastreamento à sociedade e colaborar no que for possível para frear o avanço dos desmanches e da criminalidade como um todo”, finaliza o coordenador do Comando de Operações.

 

Horários mais perigosos

Os dados do Boletim Econômico Tracker-FECAP, recém divulgados, mostram que 57,12% das ocorrências de roubos de caminhões e reboques ocorreram em via pública, nos seis primeiros meses de 2021. Os roubos são, majoritariamente, pela manhã. Já os furtos acontecem mais na madrugada.

O Estado de São Paulo registrou 2338 ocorrências de roubo ou furto de caminhões, caminhões-trator, reboques e semirreboques, nos seis primeiros meses de 2021. Uma alta de 2,19% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Foram 1937 roubos (alta de 4,65%) e 401 furtos (queda de 8,24%). Cubatão, Cajamar, Itaquaquecetuba, Osasco, São Bernardo do Campo, Embu das Artes subiram no ranking de roubo. Já Ribeirão Preto, Osasco, São Carlos, Jaguariúna e Valinhos ganharam destaque negativo por furto.