Mais de 15,3 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista

Mais de 15,3 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista

Dados apurados pelo IESS, a partir de dados da PNS de 2019, mostram um panorama sobre a assistência à saúde bucal

Sabemi

Entre os brasileiros que não possuem um plano de saúde, mais de 15,3 milhões afirmaram nunca ter ido ao dentista — valor que representa 8,4% dos 183 milhões sem acesso à odontologia suplementar. Os dados foram apurados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre aqueles que contam com o benefício, a taxa cai para aproximadamente 900 mil pessoas, cerca de 3,4% do total de beneficiários de planos de assistência odontológica naquele ano.

Outro número de destaque é a frequência de consultas com dentistas. 73,7% dos beneficiários responderam que passaram por uma avaliação com um especialista nos últimos 12 meses. Entre os não beneficiários, a proporção foi de 45,9%. Cabe destacar, também, que a proporção de pessoas que consultaram um dentista nos 12 meses anteriores à data da entrevista não chegou à metade da população brasileira (49%).

Em relação à frequência da escovação, 74,5% dos beneficiários afirmaram escovar os dentes três vezes ao dia ou mais. Entre os não beneficiários, a proporção foi um pouco menor: 60,2%. Já a troca da escova de dentes por uma nova em menos de três meses, teve resultados semelhantes entre os dois grupos: 55,6% e 49,7%, respectivamente, beneficiários e não beneficiários de planos com assistência odontológica.

“A saúde bucal é inseparável do sistema de saúde. Por isso, deve fazer parte das iniciativas e políticas de coordenação do cuidado, de promoção do bem-estar da população, sobretudo em abordagens preventivas. Essas são medidas importantes devido ao cenário no qual muitas pessoas adiaram consultas por conta da pandemia de Covid-19. Um bom exame bucal pode relevar muito mais do que o simples estado dos dentes e gengivas”, opina José Cechin, superintendente executivo do IESS.