Setor deve atingir US$ 32,7 bilhões em escala global até 2030, com crescimento de 16,7% ao ano
O distanciamento social exigido na pandemia de Covid-19 abriu novas oportunidades para o mercado pet, que devem se ampliar nos próximos anos. Como tentativa para as pessoas driblarem a solidão do isolamento, houve crescimento na aquisição e adoção de animais em todo o mundo, o que aqueceu o setor de produtos e serviços dirigidos aos bichinhos. No Brasil, não foi diferente: atualmente há, no país, mais de 141 milhões de pets, entre cães, gatos, aves e outros, de acordo com estimativa da companhia de seguros Europ Assistance Brasil (EABR).
A crise econômica internacional ocasionada pela pandemia e por outros fatores estimula particularmente o mercado de seguros para pets, já que os tutores buscam o serviço pela necessidade de reduzir o risco financeiro e driblar os altos custos dos cuidados veterinários. Segundo relatório da consultoria Grand View Research, o setor foi avaliado em US$ 8,3 bilhões em 2021 e deve alcançar US$ 32,7 bilhões em escala global até 2030, com crescimento de 16,7% ao ano.
Para o consumidor, há muitas vantagens. Afinal, ao contrário de planos de saúde pet, que se limitam à assistência veterinária, os seguros podem oferecer amplas gamas de serviços, como hospedagem e transporte. “As soluções pet já fazem parte do nosso portfólio há alguns anos, mas desde o ano passado temos investido ainda mais na diversificação de nossos produtos, como por exemplo, a assistência psicológica à família em caso de perda de um pet, pois sabemos que os bichinhos são como membros da família, e a orientação remota de saúde, seguindo a nova onda de Telemedicina”, afirma Rogerio Guandalini, Diretor de vendas e marketing da Europ Assistance Brasil. “Temos mais de 20 serviços que podem auxiliá-los em serviços emergenciais ou conveniência, como, por exemplo, consulta veterinária e cirurgia emergencial, internação, exames laboratoriais, hospedagem, funeral, entre outros”.
Segundo Guandalini, a procura por esse tipo de seguro tem crescido no país, seguindo as tendências internacionais. “Sabemos que esse é um mercado que vem crescendo a cada ano, e, com a pandemia, notamos um aumento de aproximadamente 30% na procura por serviços voltados aos pets. Temos investido bastante em novas soluções e capilaridade de atendimento, garantindo modelos de credenciamento de clínicas veterinárias e pets de forma simplificada, a fim de atender a população brasileira sem restrições”.
Para a especialista, este é o momento ideal para investir no setor. “O segmento vem crescendo acima da casa de dois dígitos nos últimos anos, e a procura de serviços também. Tanto o mercado segurador, como o mercado varejista vem procurando colocar em seus serviços e portfólio de produtos serviços voltados ao mundo PET afim de atender a nova formação das famílias brasileiras e suas necessidades”, conclui.