A tragédia no litoral norte de São Paulo caracterizou o início da 36ª Operação Calamidade realizada pela Bradesco Seguros para atender os segurados e também não segurados em situação de risco, devido as fortes chuvas que assombraram os moradores da região.
A Bradesco Seguros mobilizou grande parte dos seus equipamentos para o local, incluindo guinchos e vans. “O que pode ser feito na região para minimizar algum impacto nós fazemos. Levamos nosso time de sinistro para um local onde vão todos os veículos e fazemos uma operação massiva, já identificando se é perda parcial e total e entramos em contato com o cliente”, disse Rodrigo.
Segundo Herzog, em muitos desses casos, o cliente ainda não ligou para fazer a abertura do sinistro – apenas solicitou a assistência. “O que é normal porque todos se preocupam com a vida e depois vão se preocupar com o sinistro. Aceleramos todo o processo possível. Do dia que acontece uma calamidade trabalhamos para até em 14 dias resolver tudo, que é analisar todos os sinistros, orçar o que precisamos e pagar o que é necessário”, contou.
A companhia não está medindo esforços internamente e externamente para socorrer a população. “Temos reuniões diárias de todas as catástrofes, o que está acontecendo e de mensuração de prejuízo. No residencial é onde vemos o maior aprendizado”, apontou.
O entrevistado também comparou a situação com o período de fortes chuvas no Nordeste. Porém, neste caso, diversas residências e escritórios tinham seguro, mas como na região não havia histórico de alagamento, não houve contratação da cobertura de alagamento, e alerta: “Se não tem cobertura, não podemos cobrir o prejuízo. Como passamos essa consciência? Esse é um desafio do mercado. Somente 30% da frota circulante do nosso País tem seguro de Automóvel e, quando falamos de residência, somente 14% têm seguro”.
Herzog lembra que diversas casas do litoral norte também não tinham cobertura de alagamento. “Esse é o nosso desafio e é o que estamos discutindo. Procuramos levar esse conhecimento regionalizado. Saímos pelo Brasil fazendo evento comercial, levando informações para os corretores ofertarem com argumentação a necessidade dessa cobertura”, ressalta.
Por fim, o entrevistado comenta que o foco principal da população quando se trata de seguros vão para o roubo e furto, esquecendo assim do dano elétrico, cobertura de vidros, vendaval, alagamento, ruptura de tubulação. “O grande desafio é como levar essa consciência e proteção necessária para essa questão do que é necessário e é o que está acontecendo com essas mudanças climáticas”.
Fonte: CQCS
Informações retiradas da seguinte entrevista: