Diversificação dos produtos e facilidade de acesso pelos usuários impulsiona interesse nos produtos do setor
A procura por seguros alavancou no Brasil, a ponto de tornarem-se produtos com boa capilaridade junto a maior parte da população. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o setor obteve uma arrecadação no primeiro trimestre de R$ 102,95 bilhões, o que significa uma alta de 17,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os seguros pessoais, só no mês de março deste ano foram arrecadados R$ 8 bilhões em todo o país. O estudo também mostra uma receita positiva em VGBL e em capitalização.
A pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) do ano passado, denominado Seguros de Vida e Previdência Privada – Desafios e Tendências, feito em parceria com a Datafolha, também indica um momento positivo para o setor. Só na região Sudeste, 29% dos entrevistados disseram possuir seguro funeral. Além disso, 22% possuem seguro de vida e 11% têm previdência privada. O levantamento identifica ainda que 57% de todos os entrevistados têm alguma intenção de contratar algum seguro no próximo ano.
“Esses números são um ótimo sinal! Principalmente quando nos lembramos que há não muito tempo éramos um país de endividados e sem projeções consistentes para o futuro. O momento revela um cenário promissor, mas ao mesmo tempo desafia o mercado a oferecer inovações para um público que tende a ficar cada vez mais exigente”, analisa Hélio Loreno, fundador e CEO da masterClassic Seguros, especializada em seguros de vida e previdência privada.
Para ele, o balanço sugere uma conscientização que tem se intensificado entre os brasileiros, principalmente nos últimos cinco anos. A partir da pandemia de Covid-19 e de uma mudança comportamental dos consumidores, o interesse por um planejamento financeiro passou a ser pauta entre as famílias.
“Hoje existe uma preocupação maior com a segurança financeira, com o planejamento a longo prazo e até com a possibilidade de se deixar um patrimônio para a família. Isso significa uma procura maior por investimentos, incluindo seguro de vida, previdência privada e outras formas de resguardar o futuro”, afirma o CEO da masterClassic.
Acesso facilitado aos seguros
Outra razão que Hélio atribui para o crescimento do setor de seguros é a personalização dos seguros ao gosto de cada cliente e a facilidade de acesso, sem burocracias. “Até pouco tempo atrás, associavam-se os seguros a produtos que praticamente só existiam porque vinham embutidos em contratos de financiamentos e em benefícios fornecidos por empresas empregadoras. Hoje passou a ser um objeto desejável, e que se alcança pelos meios digitais”, explica.
Ele lembra que é o caso da própria masterClassic, onde 100% dos produtos são comercializados pelas plataformas digitais. “Foi uma importante adaptação que nós fizemos ao cliente. Ele não quer enfrentar o trânsito pra ir a uma corretora de seguros. Ele quer resolver o problema. Então não faz sentido abdicar das ferramentas digitais, pois elas permitem que seja feita uma contratação segura e bem esclarecedora. A empresa que não se adaptar ao mercado não vai sobreviver”, sentencia.