Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO / Foto: Divulgação

Futuro do mercado de seguros passa pela crescente adoção da Inteligência Artificial e declínio do SaaS

Leia artigo de Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO

O setor de seguros está em um ponto crítico de inflexão. Com os avanços em modelos de grande linguagem (LLMs) e agentes de Inteligência Artificial (IA), as soluções estão se tornando mais industrializadas e populares. Isso tem o potencial de transformar rapidamente a forma como o setor de seguros opera.

No entanto, essa transformação também expõe as limitações dos sistemas legados monolíticos — arquiteturas rígidas e fortemente acopladas que estão cada vez mais desalinhadas com as demandas de um futuro impulsionado pela IA. Essa mudança força as seguradoras a reconsiderar seus investimentos em tecnologia, especialmente em relação aos sistemas principais, que podem não estar mais alinhados com as necessidades futuras.

As transformações impulsionadas pela IA aprimorarão os processos de seguros, proporcionando operações mais eficientes, consistentes e automatizadas, sinalizando o declínio do SaaS tradicional – ou software como Serviço, na tradução para o português – e dos aplicativos monolíticos. Esses sistemas principais, que evoluíram para soluções complexas e fortemente acopladas, limitam a flexibilidade e a escalabilidade necessárias para a inovação impulsionada pela Inteligência Artificial.

Essa opinião é compartilhada por Satya Nadella, CEO da Microsoft, que em uma entrevista recente desencadeou um debate em toda a indústria de tecnologia ao prever que os avanços da IA ​​em breve levarão à “morte” do SaaS como o conhecemos hoje. Essa declaração levou os Chiefs Experience Officer (CXOs) – executivos sêniores que se concentram em melhorar a experiência do cliente e dos funcionários – de diversos setores a reconsiderar seus modelos de negócios, estratégias operacionais e abordagens de TI para se prepararem para esse futuro que se aproxima rapidamente.

É fundamental mudar o foco de processos existentes e conduzidos por humanos, para reinventá-los com recursos de IA. Substituir sistemas centrais monolíticos por outros semelhantes pode atrasar o progresso e os investimentos em TI devem se concentrar em permitir o acesso a informações em tempo real e oferecer suporte a múltiplos agentes de Inteligência Artificial por meio de APIs abertas.

Uma arquitetura de sistema decomposta, como a oferecida pelo InsureMO, que oferece suporte aos agentes de IA e outros sistemas, oferece flexibilidade, escalabilidade e acesso a dados em tempo real, facilitando a adaptação das seguradoras às tecnologias em evolução e preparando suas operações para o futuro. Ao reimaginar os processos em torno dos recursos de Inteligência Artificial, as seguradoras podem se posicionar para prosperar em um cenário em rápida evolução.

Até o final deste ano, espera-se que 87% das seguradoras em todo o mundo tenham adotado IA de alguma forma, ante 65% em 2021. Para as seguradoras, particularmente aquelas que investem pesadamente em novos sistemas essenciais, isso levanta a questão crucial se esses investimentos se alinham às suas necessidades futuras. Todo esse cenário indica que o futuro do seguro reside na reimaginação de processos com a IA como núcleo, e não simplesmente na atualização de sistemas legados.