O RGA, empresa global de resseguro de vida e saúde, promoveu um café da manhã para debater sobre a subscrição dos planos de seguro de vida para pacientes portadores do vírus HIV e pessoas com distúrbios mentais. O evento aconteceu na manhã desta quinta-feira (21), em São Paulo e contou com a presença de especialistas da área de Vida.
Vírus causador da AIDS, o HIV ficou conhecido mundialmente no fim da década de 1980. O preconceito com portadores foi relativizado com passar do tempo, apesar de hoje essa discriminação ainda ser presente na sociedade. Mesmo problema enfrentado por pessoas com depressão, considerada a doença deste século, que também sofreram com a falta de profundidade no assunto por muito tempo.
Essas enfermidades chamaram a atenção para o mercado de seguro de vida, que passou a dar maior atenção a esse público. “É importante saber que as pessoas estão procurando mais o seguro”, pondera Alma Vera, Gerente Sênior de subscrição do RGA América Latina.
Em 1987, quando, enfim, a informação desse vírus foi disseminada nos veículos de comunicação, a expectativa de vida era muito baixa. Por isso, a chance do portador fazer seguro de vida era nula. Já em 2017, segundo Vera, soropositivos podem viver de 63 a 80 anos com o vírus. “O desenvolvimento da medicina junto com o conhecimento maior das pessoas contribuíram para que a expectativa de vida dos portadores aumentasse. Antes, os pacientes tinham vergonha de dizer sobre sua doença. Hoje em dia ficou mais fácil comentar”, explana.
Mente misteriosa
No segundo painel de apresentação, Vera informou que 450 milhões de pessoas no mundo são afetadas por transtornos mentais. No Brasil, um a cada 10 cidadãos sofrem com esse distúrbio. Ao analisar o segurado, a executiva explica que o primeiro fator de risco a se detectar é histórico na família.
“Se a pessoa tiver histórico de doenças mentais na família, ela estará mais propensa a ter distúrbios psicológicos também. Isso, portanto, é um fator de risco maior”, explica Vera.
De acordo com ela, a seguradora analisa os níveis de distúrbios do paciente e o avalia a partir de problemas com drogas, hospitalização, insatisfação no trabalho e tentativas de suicídio.
Redação