Estudo da companhia aponta que crise gerada pela pandemia vai adiar a recuperação esperada em 2019 e será prejudicial ao mercado de seguros não-vida
A Mapfre Economics, nova nomenclatura da área de Serviços de Estudos da Companhia, atualizou seu Panorama Econômico e Setorial até o segundo trimestre. A nova versão do documento leva em consideração os reflexos causados pela pandemia do covid-19 à economia e política no Brasil e no mundo.
A principal informação é em relação à expectativa de retração econômica. No mundo, é esperada uma queda no PIB entre 3% e 8,2%, considerando o melhor e o pior cenário. O Brasil deve seguir essa tendência, recuando entre – 2,7% a – 9,9%, mesmo após um crescimento tímido de 1,1% em 2019. Em resposta a essa lentidão da atividade econômica, o Banco Central abaixou a Taxa Selic para 3,75% ao ano.
Essa perspectiva de redução, somada à desvalorização em 25% do real em relação ao dólar neste primeiro trimestre, prejudica os negócios do setor de seguros, especialmente na área de Não-Vida. A deterioração da taxa de câmbio da moeda brasileira afeta negativamente a lucratividade dessas linhas de negócios, pois existem mais custos de reparos em caso de acidente, especialmente em situações em que materiais importados devem ser utilizados, aumentando o custo do resseguro com contratos frequentemente negociados, como por exemplo, seguros de auto ou de máquinas em que muitas peças de reparo são adquiras fora do país.
Somado a diminuição previsível no volume de negócios, há o efeito negativo sobre o patrimônio das seguradoras, decorrente do aumento da volatilidade e dos prêmios de risco nos mercados financeiros.
A política monetária adotada pelo Banco do Brasil para tentar estimular a atividade econômica poderá trazer dificuldades adicionais ao negócio de previdência, devido à queda na lucratividade que esse tipo de produto pode oferecer aos segurados.
O estudo completo foi realizado pela MAPFRE Economics e está disponível, em espanhol, no link (acesse aqui).
