Presidente da CNseg defende investimentos prioritários em saneamento básico e saúde

Convidado especial do encontro virtual foi o Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão

Sabemi

O Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg, Marcio Coriolano, participou do webinar “O Papel da Saúde no Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental Brasileiro”. O evento foi promovido pela Iniciativa FIS – Fórum Inovação Saúde, na sexta-feira (19/6). Moderado por Josier Vilar, do FIS, o encontro contou com a participação especial do Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, e teve como entrevistadores, além de Marcio Coriolano, Bernardete Weber, do Hospital do Coração (HCor); Leandro Reis Tavares, da Rede D’Or São Luiz e Mauricio Ceschin, ex-Presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O Presidente Marcio Coriolano lembrou que, por mais de uma década, o País contou com um modelo de planejamento integrado de saneamento básico e políticas públicas sanitárias, articuladas com a saúde, ações que contribuíram para reduzir taxas de transmissão de doenças causadas por déficits de oferta de água e esgotos tratados. Para ele, é necessária uma rearticulação de políticas, ações e recursos em prol do saneamento básico, meio ambiente e saúde, não só para reduzir, na origem, os vetores que acabam desaguando nos atendimentos da saúde de menor ou maior complexidade causados por doenças relacionadas à falta de esgotos e água tratada, mas também para mitigar os impactos de pandemias, como a atual do covid-19.

Ainda no encontro, Coriolano perguntou ao Vice-Presidente como o País conseguirá priorizar recursos para a infraestrutura, sobretudo a sanitária, tendo em vista a profunda recessão em razão da pandemia. Hamilton Mourão reconheceu que a capacidade do governo de executar novos projetos é pequena e seu avanço dependerá da participação da iniciativa privada. O Vice-Presidente disse que o PIB brasileiro poderá cair de algo entre 5% e 7% neste ano e o déficit primário sair de R$ 120 bilhões para cerca de R$ 800 bilhões, fragilizando as contas públicas. O novo marco regulatório de saneamento público é visto como um dos meios de atrair investimentos privados.