Região Norte destaca-se, com alta de 21,1%
A demanda das empresas por crédito aumentou 12,1% em junho na comparação com maio deste ano, de acordo com o Indicador da Serasa Experian. Foi o segundo crescimento mensal consecutivo, já que maio havia registrado alta de 12,3%. Na análise por setor, o destaque fica com serviços, que subiu 15,7%. Na sequência, estão: indústria (9,3%) e comércio (8,9%). “O segmento de serviços é um dos que mais sofreu neste cenário econômico desafiador. Com a reabertura gradual, muitas empresas estão em busca de crédito para reequilibrarem as contas e se prepararem para uma retomada do crescimento”, destaca o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Na análise pelo porte, as pequenas e médias empresas – PMEs – foram as que mais demandaram crédito, com alta de 12,8%. A busca de crédito pelas demais empresas, de médio e grande portes, recuaram -3,8% e -4,5%, respectivamente.
Entre as regiões, a Norte apresentou o melhor desempenho, com aumento de 21,1% na demanda das empresas por crédito. Na sequência vem Nordeste, com alta de 18,7%, e Sudeste, onde a procura foi 15,6% maior. O Centro-oeste, depois de um aumento de 20,6% em maio, voltou a recuar (-1,6%).
Para Luiz Rabi, “assim com o setor de serviços, as PMEs também enfrentaram dificuldades e, agora, várias delas começaram a renegociar suas dívidas de modo a sustentar o reaquecimento econômico verificado a partir da reabertura econômica gradual. O mesmo não se aplica às médias e grandes empresas, pois estas normalmente contam com mais reservas de capital para o enfrentamento de turbulências na economia, com fontes alternativas de financiamento, além do crédito bancário (mercado de capitais, recursos externos etc.)”.
Avaliação anual
Na comparação anual – junho 2020 x junho 2019 – o indicador também demonstrou uma recuperação, com a primeira alta (5,3%) após dois meses de queda. Isso também fica evidente na análise anual dos setores. Em junho, todos apresentaram números positivos se comparados com o ano passado, com destaque para Serviços (8,5%), Comércio (2,8%) e Indústria (0,8%). “Esse resultado reforça que, ainda que de forma gradual, estamos no caminho certo”, finaliza Rabi.
A série histórica deste indicador está disponível neste endereço.