Notificações de incêndios estruturais aumentam 16% até julho

Notificações de incêndios estruturais aumentam 16% até julho

Monitoramento diário de notícias de incêndios no País, realizado pelo Instituto Sprinkler Brasil, contabiliza 568 ocorrências nos primeiros sete meses do ano

As notificações de incêndios estruturais apresentaram aumento em 2020. É o que revela levantamento do Instituto Sprinkler Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como missão difundir o uso de sprinklers nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações industriais e comerciais no País. Por meio do monitoramento diário de notícias de incêndios nacionais, o Instituto capturou 568 ocorrências de janeiro a julho deste ano. Registrando alta de 16% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram contabilizados 487 registros.

Os sinistros são os chamados “incêndios estruturais”, ou seja, aqueles que poderiam ter sido contornados com a instalação de sprinklers e ocorreram em depósitos, hospitais, hotéis, escolas, prédios públicos, museus, entre outros.

Sabemi

Entre as diferentes categorias de estruturas, os estabelecimentos comerciais (lojas, shopping centers e supermercados) registraram o maior número de notícias na imprensa em 2020. Foram 138 ocorrências, seguidos por depósitos, com 114, e indústria, com 107.

“Começamos a contabilizar os incêndios noticiados pela imprensa por falta de dados estatísticos oficiais no país. É um indicador interessante para acompanharmos o volume e onde estão acontecendo. A partir daí, conseguimos ter um desenho de como os incêndios estão impactando nos negócios pelo País. São dados preocupantes e que devem ser olhados com atenção”, explica Marcelo Lima, diretor-geral do ISB.

Os gráficos abaixo, além de expor os números de notícias, também oferecem os números sobre incêndios em outras categorias, como indústrias, serviços de hospedagem, serviços de saúde e institucional, entre outros.

São vários os motivos que nos proporcionam uma quantidade alta de incêndios, mas que começam com a falta de consciência da população e das autoridades. Para reverter o cenário, o Instituto Sprinkler Brasil publica informações sobre incêndios constantemente, prezando pela capacitação de profissionais e pelo progresso da área de incêndios nacional. “Por meio da disseminação do conhecimento, conseguiremos buscar mais e melhores respostas aos desafios que temos encontrados permanentemente em segurança contra incêndio”, conclui Marcelo Lima.

Mapa de Incêndios

Com o objetivo de manter os profissionais do setor atualizados, fazendo com que previnam erros similares, a instituição acaba de disponibilizar, em seu site, o Mapa de Incêndios, ferramenta que oferece as estatísticas anuais de ocorrências noticiadas pela imprensa. O recurso apresenta, de forma dinâmica e visual, os edifícios comerciais e industriais atingidos pelas chamas por todo o Brasil, com link de direcionamento para a matéria publicada na mídia. Os filtros disponibilizados permitem aos usuários refinar as buscas por estado, ano, mês ou tipo de ocupação do caso apurado. Confira a nova funcionalidade acessando o site.

Uso de sprinklers ainda é tímido

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos junto a empresas multinacionais e de capital nacional com mais de 250 funcionários a pedido do ISB, revelou que o grau de adoção de sprinklers nas empresas é baixo. Apenas 36% das 300 companhias entrevistadas pelo Ipsos disseram contar com sistemas deste tipo em suas instalações.

O levantamento mostrou ainda que apenas 14% das entrevistadas disseram contar com sistema deste tipo em todas as suas unidades e 22% declararam contar com o sistema em apenas algumas unidades operacionais.

O estudo detectou que o uso de sprinklers é maior entre as multinacionais. 48% das empresas estrangeiras, com operações no país, ouvidas pelo levantamento, disseram ter sprinklers em suas operações. Entre as empresas nacionais, o índice é de 34%.

O porte também influi na aderência a este tipo de tecnologia. O índice de uso sprinklers em empresas com mais de 500 funcionários é de 45%. Entre empresas menores, com 250 a 499 funcionários, o percentual é de 28%.