CCS-RJ CONNECTION 2020 ultrapassa 3,5 mil espectadores no 1º dia

CCS-RJ CONNECTION 2020 ultrapassa 3,5 mil espectadores no 1º dia

Interessados ainda podem se inscrever gratuitamente para acompanhar a programação deste dia 2 de setembro, ao vivo, a partir das 14h

Sabemi

Começou nesta terça-feira, 1º de setembro, o CCS-RJ CONNECTION 2020. Com mais de 3,5 mil participantes apenas no primeiro dia, o evento virtual reúne nomes consagrados do seguro, de corretores a executivos de seguradoras e entidades. A programação do encontro, promovido pelo Clube dos Corretores de Seguros (CCS-RJ) e pela Educa Seguros, foi transmitida ao vivo, das 14h às 21h.

O fundador da Educa Seguros, Anderson Ojope, iniciou os trabalhos agradecendo a participação em massa de corretores de seguros de todo o Brasil. “Sempre soubemos da importância das conexões, mas os últimos acontecimentos nos deram a real noção disso. Estamos aprendendo a lidar com o novo normal, e o essencial trabalho dos corretores conta com novas oportunidades, a serem compartilhadas durante o CONNECTION”, comentou, convidando a diretoria do CCS-RJ para saudar os participantes do evento.

O presidente, Fabio Izoton, destacou os parceiros que auxiliaram na realização do evento. “Os próximos dias mostrarão a todos nossa dedicação e amor no trabalho realizado para o Clube. Os apoios das entidades de mercado foram essenciais para chegarmos nesse momento”, afirmou.

Já a diretora Sonia Marra relembrou as mudanças ocorridas no evento, que seria, originalmente, presencial. “A oportunidade que temos com esse CONNECTION é enorme, já que o público aumentou exponencialmente com o formato virtual. A solidariedade conectou, nos últimos meses, os corretores, as seguradoras e todas as instituições do mercado. É esse sentimento que nos inspira”, colocou.

O diretor Luiz Mario Rutowitsch comentou ainda sobre sua boa percepção com o trabalho realizado. “É gratificante olhar para trás e ver que conseguimos possibilitar esse evento para todos os corretores”, disse.

Em meio ao evento, foram lançados também dois episódios da série “O novo normal do corretor de seguros”, da Seguros na Prática, que retrata com bom humor os desafios dos corretores durante e após a pandemia.

No início da tarde, Bruna Garcia, líder e fundadora da Megaluzz Negócios, ministrou a palestra “Mude seus hábitos e transforme seus resultados”. Para ela, “obter autoconhecimento, estabelecer suas metas e propósito, além do cultivo de bons hábitos, entre outras mudanças de comportamento, se mostram essenciais para a construção de um profissional de alta performance e, em consequência, para estabelecer uma equipe mais motivada e vencedora”.

União

Projetos de inovação liderados por profissionais da corretagem foram divulgados durante o painel “Conexões S/A – Evoluindo em grupo”. Um deles foi a Associação Estadual dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (AECOR-RJ). A instituição foi fundada a partir da reunião de corretores atuantes nas cidades da Baixada Fluminense. Roberto Cabral Neto, da Cabral Seguros, atuante em Nova Iguaçu, vê a instituição como disseminadora da cultura do seguro. “Precisamos, como corretores, nos unir para aprender em meio a um mercado tão conturbado quanto o nosso. A solução, antes voltada para os corretores da Baixada, agora se tornou um projeto de todo o Estado”, complementa.

Neto comenta, ainda, sobre a expansão da instituição. “Começamos com três corretores de seguros e buscávamos unir esforços. Hoje, percebemos que realizamos uma trajetória muito gratificante, com muito espaço para crescimento”, avalia.

O segundo caso de inovação foi a União dos Corretores de Seguros (UCS). Ezaqueu Antonio Bueno, presidente da UCS e sócio-proprietário da Jundiaí Corretora de Seguros, instalada na cidade de mesmo nome, diz que o propósito inicial era a melhoria nos processos cotidianos de cada corretor. “Os fundadores se reuniram para dividir experiências de sucesso, impulsionando a carreira de todos”, comenta.

Já Luiz Moraes, da Allah Corretora de Seguros, de Curitiba, Paraná, opina que ações como a implementação e expansão da UCS são necessárias. “Um corretor, sozinho, não conhece todo o mercado. A cumplicidade entre os profissionais é o principal fator de sucesso da União, que reúne cada vez mais corretores”, coloca.

Por fim, as ações do grupo SuperAçãoTotal, encabeçado por Eliseu Dias, corretor da Tudo Seguros, sediada em Cacoal, Rondônia, mereceram um espaço no painel. Por meio do grupo, que se reúne via Whatsapp, 250 corretores de todo o Brasil trocam informações sobre sua profissão e a rotina dos corretores. “Criei o grupo com a expectativa de compartilhar metodologias de trabalho e para aproximar profissionais de seguros. Hoje, vemos o quanto fomos beneficiados com as informações ali repassadas”, disse.

Rodrigo Rosa, da R2 Corretora de Seguros, entrou no grupo por indicação de um amigo e também se beneficia das conversas com outros profissionais. “Unidos, conseguimos funcionar como velas, que ajudam a acender outras velas e assim, formam uma grande luz”, afirmou.

Ygor Sydartha, corretor da Sydharta Seguros, em Aracaju, Sergipe, começou na carreira da corretagem por meio dos planos de saúde e, por tratar de benefícios, se interessou no projeto. “Se todos valorizarem o conhecimento ali obtido, o corretor consegue alcançar melhores patamares na carreira”, entende Sydartha.

Érico Parente, diretor e corretor, e Bianca Peres, corretora da Mais Proteção Financeira, de Manaus, Amazonas, também são participantes. Érico entende que as informações ali colocadas. “Conseguimos nos conectar com pessoas de todo o Brasil para melhorar nosso atendimento aos segurados”. Bianca, por sua vez, também valoriza a troca de experiências: “Ali, vemos que não existe receita de bolo, mas o compartilhamento é tranquilo”, complementa.

Auto e RE

Mais adiante, quatro profissionais do mercado de seguros se reuniram para tratar das oportunidades de negócios abertas nos segmentos de auto e ramos elementares. Thiago Fecher, sócio da Aris Corretora de Seguros, abordou o seguro de transportes. “Não consigo ver hoje uma ação com mais risco do que o ramo de transportes. O risco do deslocamento da mercadoria existe tanto para quem transporta, quanto para quem é o dono do patrimônio transportado. É um oceano azul”, colocou o executivo.

Christian Menezes, diretor comercial da Allianz Brasil, comentou sobre seguro de automóveis: “A companhia concluiu uma grande operação, que mostra sua aposta nesse segmento em todo o país. O seguro tradicional deve sempre ser uma possibilidade, mas a tecnologia nos auxilia a atender os consumidores que representam 70% do mercado, ainda não segurados”, esclareceu.

Samantha Sampaio, superintendente comercial da Junto Seguros, deu mais detalhes sobre os seguros garantias judiciais. “Nossa legislação já equipara o seguro garantia a dinheiro, o que é bom para diferentes empresas, que tenham saúde financeira”, disse.

O corretor de seguros, Jayme Torres, diretor da AECOR-RJ e ex presidente do CCS-RJ, mencionou ramos de demanda crescente no cenário atual: seguros residenciais, de D&O e de lucros cessantes foram alguns deles. “Percebemos, com espanto, um aumento na demanda de maior proteção para casas, bicicletas, e vimos novas possibilidades de atrair os clientes. O seguro de bike, por exemplo, mesmo com prêmios menores que os do segmento auto, ajudam na saúde financeira dos corretores”, explicou.

Cenário Macro

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, marcou presença no evento para falar sobre o panorama do mercado de seguros a partir de análises econômicas e políticas. “Temos uma confiança muito grande no Brasil. Mesmo após um grande período de recessão econômica, o mercado registra crescimento. Isso mostra nossa resiliência, e o corretor precisa se atentar às oportunidades que o momento atual oferece”, avaliou.

Coriolano opinou sobre a participação dos seguros na economia nacional. “A crise epidemiológica, que impulsionou a crise econômica, afetou a todos os campos de produção. “No entanto, na última divulgação do PIB, nosso setor contribuiu positivamente para o setor de serviços, registrando aumento. Não será um ano fácil, mas apostamos nos sistemas de trabalho híbridos e o constante investimento em tecnologia para superar os desafios”, entende o presidente da CNseg.

O executivo ainda elogiou a iniciativa, que nomeou como “pioneira”, do CCS-RJ CONNECTION 2020, “um evento com formato que preza pela segurança de todos”.

Visão das Seguradoras

À noite, executivos de grandes seguradoras discutiram o que esperam ser a nova realidade do mercado de seguros. Luiz Gutiérrez Mateo, CEO da MAFPRE Seguros, vê que o corretor de sucesso precisa entender as necessidades dos clientes. “Conseguimos, mesmo de modo remoto, manter os atendimentos, ainda com a imprevisibilidade do cenário atual. Tudo está mudando e precisamos pensar em novas demandas. O coronavírus não foi um agente de mudança, mas sim acelerou projetos e novos sistemas”, comenta.

Roberto Santos, presidente da Porto Seguro, por sua vez, interpreta o panorama de maneira mais pragmática. “A pandemia aumentou a demanda por produtos mais modernos. O seguro não será mais o mesmo, mas os corretores ainda serão centrais, porque precisamos de alguém na frente desse negócio”, coloca.

Leonardo Freitas, diretor comercial da Bradesco Seguros, destaca o preparo do mercado de seguros nos desafios trazidos pela pandemia, bem como a importância do apoio governamental ao setor. “A agenda positiva e políticas de incentivo podem ajudar na recuperação da economia, e sempre auxiliam o setor de seguros. Os riscos ficaram mais evidentes para os possíveis consumidores, e focamos no desenvolvimento dos canais digitais”, comenta.

Por fim, Renato Pedroso, presidente da Previsul, entende que novas formas de relacionamento foram favorecidas em meio à pandemia. “O digital deve ser entendido como um meio, e não um fim. As ferramentas digitais, potencializadas durante esse momento é facilitar, de forma direta sem desconsiderar a complexidade do seguro”, entende.

Consumidor

Thiago Amorim, gerente de riscos e seguros da iFood, tratou, a partir de uma visão externa ao mercado de seguros, das ações tomadas pela empresa frente às mudanças nos hábitos dos consumidores. Ele considera que a análise dos públicos atingidos pelo iFood, ou stakeholders, foi fundamental para lidar com a nova situação. “Estacionamos todos os projetos a longo prazo para preservar a vida e o saúde do nosso ecossistema. Nosso negócio só existe se tivermos entregadores e restaurantes protegidos e atuando em sua melhor performance”, ele explicou, fazendo correlações com possíveis caminhos para os corretores de seguros.

O evento continua nesta quarta, 2 de setembro, a partir das 14h. Para se inscrever, acesse aqui.