Live do Sincor-SP aponta para a retomada do seguro automóvel

Live do Sincor-SP aponta para a retomada do seguro automóvel

Comissão de Automóvel e seguradores acreditam que a pandemia trouxe mudanças no comportamento do consumidor

A pandemia do novo coronavírus trouxe diversas mudanças para todos os setores da sociedade. Da consolidação do home office à conscientização da população para proteção. Durante a live da Comissão de Automóvel do Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP), que aconteceu nesta quinta-feira (03/09), os especialistas pontuaram o crescimento da venda de automóveis no pós-pandemia e, consequentemente, na retomada do seguro.

Segundo o coordenador da Comissão, Salvador Edison Jacintho, a carteira de automóvel representa mais de 50% do faturamento da maioria dos corretores de seguros. “Além disso, o produto tem um alto índice de renovação”. O corretor ainda comentou sobre a importância e relevância do ramo. “A pandemia que estamos vivendo afirma a resiliência do segmento, já que a população percebeu o valor do veículo próprio, não abrindo mão do seguro”.

O diretor regional São Paulo Interior da Allianz Seguros, Leonardo Martins, afirmou que o mês de junho apresentou crescimento de 2% na comercialização de novos veículos. “Julho foi um mês melhor, seguindo a tendência de aumento no setor automobilístico”. De acordo com o segurador, o corretor tem o papel de orientar o consumidor para a necessidade de proteção. “Mesmo na pandemia, com a maioria dos veículos parados, existe risco e devemos alertar a população quanto à isso”, completou.

Para o diretor comercial São Paulo Interior da Tokio Marine Seguradora, Julio Sato, o setor automobilístico vem mostrando estagnação há alguns anos. “A procura por novos veículos havia diminuído. O crescimento do Uber e de outros aplicativos de transportes indicavam que a indústria automobilística iria estagnar. No entanto, acho que a pandemia despertou nas pessoas uma necessidade de proteção maior e isso atinge o meio de transporte. As pessoas estão buscando ter seu próprio veículo”, acredita.

A mesma mentalidade é demonstrada pelo diretor comercial territorial da MAPFRE Seguros, Ricardo Souza, que aposta na retomada do seguro auto. “Exite uma grande chance de termos um aumento nas vendas de automóveis nos próximos meses. A indústria automobilística tem altas expectativas, já que as pessoas começaram a ficar receosas do transporte público e começaram a investir no veículo próprio. E o automóvel é o principal ramo para oxigenar os negócios e introduzir a população na cultura do seguro”.

Já a superintendente comercial da Porto Seguro, Eva Vazquez Miguel, acredita que primeiro é preciso deixar o seguro mais simples e acessível, visto que no Brasil a renda média da população é baixa. “Temos um problema crônico de infraestrutura. O transporte público é ineficiente, apenas 7 capitais brasileiras possuem metrô, por exemplo. Então, o automóvel sempre vai ser um desejo do brasileiro. No entanto, precisamos ser mais enxutos, baratear o seguro, torná-lo mais acessível para que o mercado possa crescer e atingir mais pessoas”.

Os seguradores também comentaram sobre o papel do corretor de seguros diante deste cenário, ressaltando que o profissional deve ser mais consultivo, no sentido de mostrar ao consumidor que o seguro é essencial. “Quanto mais consultores formos, mais os clientes reconhecerão a nossa importância”, aposta o coordenador da Comissão.

A 2ª vice-presidente e diretora executiva responsável pela Assessoria Técnica, Simone Fávaro, comentou sobre as lives que o Sincor-SP está realizando, com o objetivo de despertar o corretor de seguros para outros ramos, além do automóvel. “No entanto, nós sabemos que essa carteira é muito importante, já que, pelo menos, 90% dos corretores comercializam o produto”.

Para o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, os corretores de seguros sempre vão trabalhar com o ramo, mas precisam diversificar a carteira. “Automóvel sempre vai ser trabalhado. No entanto, precisamos ampliar o leque de produtos que temos na carteira, com o princípio de evolução. Não largar o que já está sendo feito, mas agregar com novos ramos”, indicou.