Energy Broker é uma das referências nesse segmento, com cerca de R$ 75 milhões em itens segurados no Brasil
Apesar da ausência de dados, alguns estudos apontam que o mercado de obras de arte pode ser interessante para a economia brasileira. Marchands, galeristas, colecionadores, leiloeiros e artistas movimentam o setor. Segundo dados da FGV Projetos, 80% das operações envolvendo obras de arte estão concentradas na região sudeste do país, sendo 79% das vendas realizadas em galerias e 21% em leilões. O mesmo estudo aponta que o mercado mundial de obras de arte movimenta cerca de US$ 60 bilhões ao ano. O Brasil representa 1% do todo, com cerca de R$ 600 milhões.
Mesmo com galerias fechadas por conta da pandemia, as vendas de obras de arte não pararam no país. O setor foi um dos que precisou se adaptar ao meio digital e oportunidades foram descobertas. Paralelo a esse mercado e ainda pouco explorado no Brasil, está o segmento de seguros de obras de arte. Uma das referências no setor é a Energy Broker – empresa de consultoria, corretagem e administração de seguros, parte do Energy Group – que oferece proteção para exposições, coleções, galerias e obras de arte.
De acordo com Ricardo Valencia, diretor de Commercial Lines da Energy Broker, o seguro oferece coberturas exclusivas para danos materiais e perdas motivadas por causas externas em objetos e obras de arte, como pinturas, esculturas, veículos de colecionadores, desenhos, aquarelas, gravuras, litografias, entre outras expressões artísticas. Também estão contempladas proteções contra incêndios, roubos e/ou furto qualificado, transporte nacional e internacional (prego a prego). Segundo o executivo, a Energy Broker detém cerca de R$ 75 milhões em objetos de arte segurados no Brasil e espera que esse número possa crescer até 50% em 2 anos.
O seguro de obras de arte da Energy Broker atende de maneira completa coleções corporativas e particulares, curadores, exposições públicas ou privadas, galerias, instituições culturais, museus, universidades e transportes. “A perda de objetos de arte pode representar um prejuízo considerável ao dono, principalmente quando se trata de obras antigas que não têm como ser recuperadas. De maneira geral, o valor do seguro está relacionado a quanto o colecionador pagou pela peça, sempre respeitando as alterações de mercado e as valorizações que as peças têm ao longo dos anos. As avaliações são realizadas por especialistas em obras de arte, que reconhecem e precificam os objetos levando em conta a técnica utilizada na criação da obra, seu tamanho, valor histórico e outros detalhes específicos, como a afeição do proprietário pelo bem. Então, chega-se a um consenso para a precificação”, explica o executivo.
Valencia avalia que a contratação de um seguro para proteção de obras de arte reflete profissionalismo por parte de quem mantem acervos, visto que se trata de patrimônios culturais insubstituíveis. “Há exemplos recentes de locais que sofreram com incêndios e perderam anos de história. As pessoas que gostam de arte e que entendem seu valor, sabem que não podem ser displicentes com essas obras e têm consciência de que contratar um seguro é uma forma de preservar a memória e deixar um legado cultural para as gerações futuras”, finaliza.