Volume de prêmios da companhia totalizou R$ 18,4 bilhões (3 bilhões de euros), aumento de 5,1% em relação a 2019
A Mapfre Brasil apresentou lucro líquido de R$ 606 milhões de reais (102 milhões de euros) em 2020, um crescimento de 41,8% em relação ao ano anterior. O volume de prêmios da companhia no País totalizou em R$ 18,4 bilhões de reais (3,085 bilhões de euros), 5,1% superior ao registrado em 2019.
O destaque ficou por conta da área de Seguros Gerais, que contabilizou R$ 8,5 bilhões (1,43 bilhão de euros) em prêmios, seguida pelo ramo de Vida, com R$ 7,2 bilhões (1,2 bilhão de euros), e de Seguro Auto, que gerou R$ 2,6 bilhões (444 milhões de euros) em prêmios.
“Mesmo em um ano extremamente desafiador, conseguimos manter a trajetória de crescimento. Em 2021, seguiremos focados na eficiência operacional e na melhoria do atendimento ao cliente. Para isso, apostamos na inovação e na digitalização de processos que garantam uma ótima experiência aos nossos distribuidores e consumidores”, afirma o CEO da Mapfre Brasil, Fernando Pérez-Serrabona. “Os esforços também serão voltados a uma gestão técnica rigorosa e a uma política de precificação competitiva, adequada ao valor percebido de nossos produtos pelos clientes”, conclui.
De acordo com Oscar García-Serrano, diretor geral de Finanças, Administração e Meios, os resultados do Brasil são consequência de um controle operacional cauteloso e de políticas comerciais adequadas à nova realidade. “Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do ano, seguimos investindo fortemente no País, com aportes focados, por exemplo, na modernização de nossas estruturas em todo o Brasil, o que prepara a companhia para impulsionar sua trajetória de crescimento nos próximos anos”.
A Mapfre no mundo
A receita global do grupo Mapfre em 2020 chegou a 25,419 bilhões de euros (R$ 151,79 bilhões), uma queda de 10,7% em relação a 2019. Os prêmios caíram 11,1%, chegando a 20,482 bilhões de euros (R$ 122,3 bilhões). Os resultados foram impactados pela queda da atividade econômica mundial, pela depreciação das principais moedas da América Latina, Turquia e Estados Unidos (1,6 bilhão de euros), a ausência da apólice bienal da Pemex emitida em 2019 (445 milhões de euros) e a redução dos prêmios de Vida-Poupança na Península Ibérica (755 milhões de euros). Sem esses impactos, o crescimento subjacente teria sido ligeiramente acima de 1%.
O lucro do grupo no período foi de 527 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões), o que representa uma queda de 13,6% em relação ao ano anterior. Afetaram o resultado, entre outros fatores, os sinistros derivados da COVID-19, que só no negócio de resseguros chegaram a 80 milhões de euros, e os terremotos em Porto Rico, com um custo total de 69 milhões de euros. Excluindo este efeito de sinistralidade extraordinária e a imparidade do goodwill (132 milhões de euros), o lucro de 2020 mantém-se estável com um ligeiro crescimento (0,2%) face ao ano anterior numa base comparativa homogênea.